Dor de cabeça, febre, mal- estar, sonolência e pouco apetite. Sintomas comuns a infecções virais como a gripe, por exemplo. Mas estes também são sinais de uma doença grave que pode até levar à morte do paciente, a encefalite.
Mais comum em crianças e idosos, a doença, que é na verdade uma inflamação do cérebro, também pode ser desencadeada por bactérias, fungos, protozoários e parasitas. E mais, ela pode ser um sintoma de outra doença causada por esses mesmos agentes, como a caxumba, a herpes simples, a varíola e até Aids, e nem sempre já diagnosticada no paciente.
Encefalite tem dois tipos
Há dois tipos da doença se manifestar. A primeira é chamada de encefalite primária e ocorre quando o cérebro é atingido pelo causador da infecção.
E o outro tipo é conhecido como encefalite secundária, a mais comum e ainda com certos mistérios para os pesquisadores que não conseguem explicar por que o cérebro é atingindo por um vírus, mesmo ele não sendo a fonte original da infecção. Em ambas as situações os sintomas podem levar alguns dias para se manifestar.
Reação alérgica a certas vacinas, doenças autoimunes e efeitos colaterais ao tratamento de câncer também podem causar a inflamação no cérebro. Pessoas com o sistema imunológico comprometido representam o maior grupo de risco para o desenvolvimento da doença.
Locais com pouco ou nenhum saneamento básico são fontes de contágio de vírus e bactérias, e por isso, são encarados como fonte de contágio importante. O inverno é o período do ano com maior incidência de casos da doença.
Por ano, cerca de 120 mil pessoas em todo o mundo perdem a vida em decorrência de complicações causadas por vírus no cérebro. O diagnóstico precoce, que ajuda a reduzir as sequelas do paciente, nem sempre é conseguido devido aos sintomas serem semelhantes a diversas doenças que causam desordem cerebral.
Confusão mental pode ser sintoma de encefalite
Além dos sinais já citados, a doença pode causar confusão e desorientação mental, irritabilidade, sensibilidade à luz, costas e pescoços rígidos e vômito. Em recém-nascidos, a moleira saliente é outro sintoma observado.
Para chegar ao diagnóstico de encefalite o médico considera todas as manifestações clínicas e ainda conta com o auxílio de exames, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Uma punção lombar para analisar o líquido cefalorraquidiano também é pedida para tentar descobrir qual o vírus causador da doença. No entanto, o resultado pode levar alguns dias o que pode prejudicar o tratamento e aumentar as chances de sequelas.
A encefalite pode causar lesões irreversíveis no cérebro, principalmente, em mulheres grávidas. Em crianças as chances de cura são altas, mas o tempo de medicação é longo. Já nos adultos, a recuperação tende a ser mais rápida.
O tratamento é feito à base de antivirais, como o aciclovir, por exemplo. A medicação, no entanto, vai depender do tipo de vírus que atingiu o paciente. Outro detalhe importantíssimo para a recuperação sem sequelas é quanto à administração dos remédios. Ela deve ser feita antes da pessoa entrar em coma. Assim, as chances de recuperação são maiores.
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