A polimialgia reumática se apresenta como uma doença inflamatória. Atinge principalmente pessoas com mais de 50 anos, sendo que as mulheres são o grupo com maior incidência. Seu nome vem da junção das palavras “mialgia”, que no grego significa “dor muscular” e “poli”, que significa “muitos”. Ou seja, “dor em vários músculos”.
A doença não tem causas conhecidas, mas é confirmado seu potencial de contágio e infecção. Em geral, ela está relacionada a outras doenças.
A arterite de células grandes (ou arterite temporal) foi diagnosticada também em 15% das pessoas que tinham a polimialgia reumática. Além disso, metade dos pacientes com arterite temporal estavam com a doença da polimialgia.
Como não foi ainda bastante estudada, a enfermidade não tem fatores de risco conhecidos. Ela não pode ser relacionada a problemas genéticos, hereditários ou comportamentais.
Polimialgia reumática e os músculos
As inflamações provocadas pela polimialgia reumática costumam provocar dores em diversas partes do corpo. Esses incômodos são mais comuns nos músculos, que ficam enrijecidos em função da doença.
A sensação de retesamento aparece principalmente na musculatura dos membros, do quadril e do pescoço. Os sintomas aparecem em ambos os lados do corpo, surgindo rapidamente. Eles podem estar presentes em todos os músculos de uma só vez e vão piorando em dias, semanas ou até mesmo na mesma noite.
Alguns outros sinais, menos comuns, também podem indicar a polimialgia. Entre eles, a febre, um mal-estar que aparece sem motivo aparente, perda de apetite, emagrecimento, depressão e dores nas articulações, principalmente das mãos e dos pulsos.
Quem apresenta um quadro da doença também pode ter muita dificuldade em levantar da cama, mudar de roupas e se movimentar após um longo período sentado. Quanto mais se mexer, as dores e o enrijecimento dos músculos tendem a ser reduzidos.
Diagnóstico e tratamento da polimialgia reumática
Por ser facilmente confundida com outras infecções, a polimialgia reumática tem um diagnóstico bastante complicado. Para excluir a possibilidade de outras doenças, o médico costuma aplicar os exames de velocidade de hemossedimentação (o VHS) e a proteína C reativa (PCR). São procedimentos clínicos feitos sob orientação do profissional.
Após ser detectada, a doença é tratada principalmente através de corticoides. Quando ela surge em conjunto com a arterite temporal, as doses dos medicamentos são maiores. Pacientes já apresentaram melhora dos sinais depois da aplicação de uma única dose.
Porém, a evolução do tratamento pode ser bastante devagar e difícil. É necessária uma reavaliação do quadro clínico após duas ou três semanas, caso os sintomas não forem reduzidos ou eliminados.
Depois de controlados os sintomas com o uso correto dos corticoides, o tratamento com a medicação vai sendo reduzido em doses menores até que chegue a conclusão dos cuidados para a polimialgia reumática.
Como a dor do enrijecimento muscular é intensa, muitas vezes é necessário que a pessoa permaneça de cama, em repouso, por um período que permita que o relaxamento dos músculos seja completo. Além disso, se a doença estiver acompanhada da arterite temporal e não for tratada adequadamente, pode levar à cegueira.
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