Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas mortas devido à malária caiu quase pela metade desde o ano 2000. Esse índice total de mortalidade vinculada à doença, entre a virada do século até o ano 2013, foi de impressionantes 47%, sendo que apenas na África foi de 54%.
Entretanto, com a epidemia de Ebola na África Ocidental, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) teme que essa tendência de queda possa ser prejudicada. Foram direcionados recursos para o controle dessa crise em detrimento de outros tratamentos.
De qualquer forma, o avanço no combate à malária foi notável. De acordo com o relatório da OMS, a diminuição das mortes no referido período equivale a salvar 4,3 milhões de vidas.
O sucesso no combate à malária na África é explicado principalmente por medidas preventivas mais bem aplicadas, muitas delas simples, como generalizar o acesso a mosquiteiros impregnados com inseticidas.
Málaria: conheça a doença
A malária é uma doença infecciosa febril aguda, que é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, um inseto parecido com o pernilongo. Pelo fato do Anopheles ser adaptado aos climas tropical e subtropical, países que estão nessas regiões climáticas são os alvos dessa doença.
A malária também é conhecida como sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã. No Brasil, 98% dos casos de malária ocorrem na Amazônia.
Geralmente, a transmissão da doença ocorre depois da picada da fêmea do mosquito Anopheles, quando está infectada por protozoários do gênero Plasmodium.
Outras formas de contaminação mais raras podem ser quando uma pessoa sadia entra em contato com o sangue de outra infectada, como no caso de compartilhamento de seringas (comum entre usuários de drogas), transfusão de sangue ou durante a gravidez (da mãe para o feto).
Saiba quais são os sintomas
Entre os principais sintomas da malária estão calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.
Um dos tipos de protozoários da doença (o P. falciparum) provoca em uma de cada dez pessoas contaminadas a chamada “malária cerebral”, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença.
Outros sintomas como rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça também podem se manifestar. Com a soma desses sintomas, não é raro o paciente chegar ao coma.
Malária tem tratamento e prevenção
O tratamento da malária vai depender do tipo de plasmódio a que pertence. De acordo com a gravidade da doença, pode ser utilizado o uso de drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os parasitas, visando reduzir o risco de letalidade.
A prevenção da doença é individual e coletiva. Individualmente, ações como usar mosquiteiros (impregnados ou não com inseticidas), roupas que protejam pernas e braços, repelentes de insetos para o corpo e telas nas janelas e portas da casa.
Já, para a prevenção coletiva, as ações são para combater os focos do mosquito vetor da doença como: realizar drenagem de pontos de acúmulo de água parada, controlar vegetação aquática e aprimorar condições sanitárias para áreas carentes.
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