Remédios Caseiros

Orelha-de-onça: aprenda a fazer remédios caseiros

Por Redação Doutíssima 19/01/2015

A orelha-de-onça, ou milona, como também é conhecida no Brasil, é uma planta de origem brasileira, predominante no Estado da Paraíba, e protagonista de uma pesquisa na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Popularizou-se ainda mais a partir da exibição dos resultados desta pesquisa em um programa de televisão.

Os benefícios apurados pelos pesquisadores incluem a eficácia no tratamento de doenças respiratórias.  Trepadeira de folhas largas, em forma de coração, tem crescimento rápido, e é fácil de multiplicar e cultivar.

Suas folhas têm textura aveludada, e a planta se dissemina em solo fértil, em locais úmidos.  As flores surgem no verão, são numerosas e em tons roxo e rosa.

Orelha-de-onça

Medicamento com base na planta já tem patente registrada. Foto: iStock, Getty Images

Orelha-de-onça é pesquisada há 25 anos

Há 25 anos a orelha-de-onça é fonte de estudos por pesquisadores e os resultados têm sido positivos aos pequenos mamíferos dos laboratórios de pesquisa.

Já foram feitos estudos botânicos, químicos, farmacológicos, toxicológicos e imunológicos, desde a caracterização da espécie e métodos de plantio e colheita até o desenvolvimento do novo medicamento, com patente já registrada.

As descobertas dos estudos incluem seus benefícios para sanar sintomas de asma, doença com alarmante número de pacientes. Mas não só neste caso, como também é usada com sucesso para tratar inflamações, alergias, úlceras gástricas e depressão.

A sua ação nos casos de asma se dá por que a planta possui propriedades que desobstruem as vias aéreas, facilitando a entrada de oxigênio e a liberação de carbono.

Segundo os pesquisadores, a orelha-de-onça tem um mecanismo broncodilatador  com a peculiaridade de bloquear uma enzima que dificulta a expansão do pulmão em pacientes com asma, rinite alérgica e com doenças virais, como gripes e resfriados. Sua ação tem se mostrado mais eficiente que antialérgicos tradicionais.

A estimativa dos pesquisadores é que no futuro seja possível a produção em massa de orelha-de-onça para consumo na forma de medicamento natural, em substituição ao uso de medicamentos que contém substâncias nocivas ao organismo.

O uso da orelha-de-onça

O xarope pode ser feito com 10 folhas de orelha-de-onça socadas, dois limões cortados em fatias finas, 5 colheres (sopa) de mel, 5 colheres (sopa) de açúcar e meio litro de água filtrada. Derreta o açúcar até obter uma calda escura, acrescente a planta e o limão e ferva por 10 minutos.

Espere amornar e misture o mel. Guarde na geladeira, em um recipiente escuro e bem fechado, e consuma até 4 colheres (sopa) por dia. Se quiser potencializar o efeito, misture algumas folhas de guaco durante o cozimento com o açúcar.

A infusão, recomendada para depressão e asma, é feita com 4 folhas secas da planta em duas xícaras de água fervente. Mantenha em infusão, tapado, por dez minutos, coe, adoce com mel e beba em seguida, duas vezes ao dia.

Mas atenção, antes do consumo ou da produção de xarope, certifique-se de que está usando a planta correta. Aconselha-se o acompanhamento de profissionais ao consumi-la, já que pode ser confundida com outras, possivelmente tóxicas. A planta pode ser adquirida em ervanários locais de venda de produtos naturais.

 

 

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