Até bem pouco tempo atrás, ser idoso num plano de saúde custava caro, muito caro, com todo tipo de restrição, sem regulamentação de faixa etária ou teto para reajustes. Não existia o que se conhece hoje como plano de saúde sênior.
Opção em atendimento surgiu a partir da observação de comportamento dos idosos. Foto: iStock, Getty Images
ANS e Estatuto do Idoso de olho no atendimento
Então, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão federal vinculado ao Ministério da Saúde regulamentou, em 1998, as questões dos planos de saúde, com a publicação da lei da adequação dos planos, a Lei Federal nº 9.656/98.
Depois veio o Estatuto do Idoso, que incrementou ainda mais o setor dos idosos. Só que em resposta a tudo isso, as operadoras entraram na retranca, limitaram o acesso dos idosos a seus planos, exageraram nas carências e até cometeram reajustes abusivos.
No Brasil, as pessoas com 60 anos ou mais chegam a aproximadamente 15 milhões. Isso representa cerca de 8% da população. E desses 15 milhões, quase três milhões ganham mais de três salários mínimos. E foi vislumbrando este mercado que as operadoras começaram a se preparar para conquistar mais esta parte da população.
Plano de saúde sênior surge como alternativa
As operadoras também estão atentas à mudança de hábito do pessoal da melhor idade, que está se cuidando mais, apostando mais na vida saudável, e dando menos “prejuízo”. Estudado este mercado que estava se perdendo, algumas criaram o plano de saúde sênior.
Com as coberturas básicas de cada tipo de plano convencional, o plano de saúde sênior traz algumas vantagens a quem adere, especialmente no que diz respeito à medicina preventiva, afinal, um cliente da terceira idade pode, quando atendido preventivamente, fazer menos uso do plano, e de forma mais inteligente.
E neste caso, as operadoras não estão preocupadas apenas em oferecer atendimentos ambulatoriais e hospitalares, mas também, e principalmente, estão determinadas a cuidar da saúde de forma preventiva.
Desafiar o paradigma da medicina curativa, que, em geral, implica em grandes hospitais, sofisticados procedimentos e custos elevadíssimos, passou a ser uma missão de algumas operadoras. Ao oferecer a medicina preventiva, possibilitam retardar o aparecimento de problemas relacionados à saúde, e especialmente os que aparecem com a idade.
Plano de saúde sênior sem limite de idade
Entre as outras vantagens que um plano de saúde sênior pode oferecer, algumas operadoras não impõem limite de idade para adesão. E mesmo as que limitam, permitem um acesso, por exemplo, a pessoas com 49 anos, um pouco distantes ainda da terceira idade, mas que com a prevenção evitam muitos problemas que podem se manifestar depois dos 60.
Existe ainda plano de saúde sênior que oferece a possibilidade de compra de carências; os que não têm reajuste e nem mudança de preço por conta da mudança da faixa etária e ainda algumas operadoras que reduzem as carências em casos de doenças preexistentes.
Um dos mais atraentes benefícios, oferecido por algumas operadoras especializadas em plano de saúde sênior é o atendimento domiciliar. Isso inclui ambulância, orientação médica por telefone, coleta de exames, entre outros procedimentos. Grandes redes conveniadas também são disponibilizadas nestas propostas.
Os beneficiários destas modalidades de planos têm, em geral, à sua disposição não só os serviços básicos de um plano de saúde, mas serviços personalizados em redes próprias, hospitais, centros de diagnóstico e ambulatórios.
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