Você já ouviu falar em prolapso genital, mas talvez conheça por nomes populares como “bexiga caída” ou “bexiga baixa”. Na verdade, o problema não se refere apenas à bexiga mas à musculatura de órgãos sustentados pela parede da vagina.
O problema é comum em mulheres acima dos 40 anos, e que já tiveram filhos. Órgãos como a uretra, útero, intestino, reto, inclusive a bexiga não são sustentados e podem sair pelo canal da vagina.
O que causa o prolapso genital
A causa maior do prolapso genital é a gravidez. Isso porque, quando a barriga aumenta de tamanho, também aumenta a pressão sobre esses órgãos, empurrando-os para baixo. O parto normal, quando não há um acompanhamento médico no momento do nascimento também pode causar o problema.
O profissional que acompanha o parto natural, ao saber que o bebê é grande, por exemplo, toma as precauções para que o nascimento não prejudique a região que sustenta esses órgãos.
O período da menopausa também pode ser um agente causador do prolapso genital pelo processo natural que ocorre no corpo da mulher. Com a diminuição dos hormônios femininos, a musculatura dessa região tende a ficar ressecada e menos elástica, consequentemente, mais frouxa.
A tosse crônica aumenta a pressão no abdômen. Logo, pode ocorrer um esforço maior dos músculos abaixo dele e ser um fator de alta probabilidade do prolapso genital. Assim como a obesidade.
Sintomas do problema
Dor na pelve, incontinência urinária ou prisão de ventre podem caracterizar o problema, porém a característica mais comum, nos casos mais avançados, é a sensação de ter uma bola dentro da vagina. Isso aponta que os órgãos já estão deslocados do eixo original.
Porém se a queda dos órgãos está nos primeiros estágios, por não haver sintomas, só é possível detectar a partir de exames ginecológicos.
Tratamento para o prolapso genital
Para que possamos mensurar a gravidade do problema, os prolapsos são classificados por números que variam de 1 a 4. Nos dois primeiros não há sintomas, enquanto nos últimos a situação é bastante grave. Para esses casos, o único tratamento é a cirurgia.
Na intervenção cirúrgica, a meta é restaurar a função que era feita pela musculatura vaginal, ‘segurando” os órgãos nos lugares certos por meio de várias técnicas, inclusive o fechamento da vagina, se for o caso, para evitar que os órgãos saiam do corpo.
Mas a medicina dá alternativas para quem não quer passar por cirurgia, que é o “pesário”, um anel emborrachado que tem como objetivo sustentar o útero no lugar.
Exercícios podem ajudar as mulheres que estão nos estágios iniciais a fortalecerem a pelve e evitarem o agravamento do problema. Para isso, o ginecologista pode ajudar a mostrar a maneira correta de efetuar essas contrações, que podem ser feitas a qualquer hora e lugar.
Esses movimentos também ajudam a prevenir o prolapso genital em mulheres que não apresentam nenhum estágio. Portanto, converse com o seu ginecologista. Quanto mais cedo for evitado, menos preocupação futura a mulher vai ter.
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