Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, publicou um estudo científico que mostra claramente que a dor em bebês é a mesma sentida por um adulto.
O estudo foi feito por 14 pesquisadores e contesta alguns procedimentos, principalmente os realizados no momento do nascimento, realizados por médicos e enfermeiros presumindo de que os bebês não sentem dor.
O artigo revela que os bebês conseguem ativar quase as mesmas áreas do cérebro em comparação às pessoas adultas. Os especialistas submeteram 10 adultos e 10 recém-nascidos a uma ressonância magnética e descobriram que uma rede de 18 regiões do cérebro estão ativas em crianças, contra 20 em adultos.
Lacuna na medicina moderna
No entanto, pesquisadores concluíram que a única coisa que diferencia o bebê em comparação a dor nos adultos é a interpretação das emoções relacionadas à consciência. Mas a dor é sentida da mesma forma.
Especialistas argumentam que ainda não existem muitos estudos na área neonatal sobre esse assunto. Segundo eles, por muito tempo prevaleceu a crença de que os bebês não sentiam dor tão intensamente quanto adultos. Os pesquisadores esperam que a partir desse estudo ocorrerão mudanças nos protocolos médicos.
As autoridades de saúde britânica recomendam que os pais preconizem os cuidados com a alimentação e a atenção ao bebê que os procedimentos médicos que não demandam urgência como, por exemplo, a intervenção para a retirada do freio lingual.
Os pesquisadores britânicos também relatam que quando um recém-nascido dá sinais de dor física (taquicardia), médicos e enfermeiros muitas vezes recorrem à administração de água com açúcar, o que reduz os sintomas físicos relacionados à dor mas não a própria dor. Segundo eles, esse estudo é importante para eliminar algumas lacunas da medicina moderna, reduzindo a intensidade de sofrimentos até então não decifrada.
Estudos sobre a dor em bebês
Uma equipe da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentou nesta semana um estudo publicado na revista Pediatrics sobre software de medição da dor por reconhecimento facial, o FACS. Esse sistema operacional permite uma avaliação bastante objetiva da dor.
As expressões faciais são indicações claras sobre a intensidade da dor, diz o estudo. Nessa perspectiva, o sistema considerou 46 sinais do rosto.
Para o experimento, os pesquisadores testaram a precisão do software em 50 jovens, com idades entre cinco e 18 anos. Depois de analisar os dados de vídeos, o software mapeou uma “escala de dor”, de 0 a 10, sendo 10 o nível máximo.
Para os pesquisadores, sua precisão é comparável com a avaliação que os pais interpretam a dor dos filhos. Segundo eles, geralmente eles são mais precisos do que os diagnósticos médicos.
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