Clínica Geral

Doenças coronárias: conheça quais os sintomas e tratamentos

Por Redação Doutíssima 09/07/2015

Sabe-se que bons hábitos contribuem para uma vida mais saudável e diminuem as chances de doenças graves ao longo da vida. As doenças coronárias, ou o entupimento de vasos arteriais, são um exemplo disso.

 

Mas elas também podem ser desencadeadas por fatores que não estão ao alcance de nosso controle, como a idade e a hereditariedade. No entanto, sabendo um pouco sobre elas, fica mais fácil encará-las.

doencas coronarias

Fatores hereditários e idade influenciam no aparecimento de artérias entupidas. Foto: iStock, Getty Images

 

Doenças coronárias sinalizam problemas sérios

As doenças coronárias são manifestações de uma doença maior, conhecida como aterosclerose ou arteriosclerose, como explica o cardiologista Silvio Gioppato.

De acordo com ele, a aterosclerose é um processo patológico sistêmico, ou seja, que acomete o corpo todo, desencadeado por múltiplos fatores e que se inicia muito cedo na vida, evolui progressiva e silenciosamente, vindo a se manifestar só na vida adulta com o aparecimento de entupimentos de vasos arteriais como as artérias coronárias.

O entupimento é resultado da formação de placas ateromatosas, que são, basicamente,  placas de colesterol e muitos outros elementos como células inflamatórias, células musculares lisas, tecido fibroso, cálcio e outros.

A aterosclerose é a doença que mais mata no mundo, sendo responsável por cerca de 30% dos óbitos. Dentre as causas mais importantes de morte estão o infarto do miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como “derrame” cerebral.

Segundo Gippato, as doenças coronárias são multifatoriais, ou seja, têm diferentes fatores que, em maior ou menor grau, contribuem para a iniciação, progressão e complicação da placa de gordura. “Podemos dividir os fatores causais ou fatores de risco em: fatores de risco não-modificáveis e fatores de risco modificáveis”, explica.

Os não-modificáveis são aqueles que, independentemente das ações, estarão sempre presentes, como idade (acima dos 40 anos para homens e acima de 60 anos para mulheres); sexo (homens têm mais predisposição) e hereditariedade (pessoas com história de familiares de primeiro grau com infarto ou Acidente Vascular Cerebral têm maior predisposição).

Já os fatores modificáveis são aqueles que, por ações medicamentosas ou comportamentais, podem ser controlados, diminuindo sua participação no processo de doença como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides elevados), tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse.

Sintoma mais comum das doenças coronárias

Dentre os principais sintomas das doenças coronárias, Gippato cita como o mais comum a angina de esforço, que significa dor no peito aos esforços.

 

Essa dor pode se irradiar para locais distantes como os membros superiores (mais comum o esquerdo), pescoço ou mandíbula. Nos casos estáveis, esse sintoma pode ser desencadeado por esforço físico (mais comum), bem como por situações de estresse, e melhora com a interrupção do esforço ou cessação do estresse.

Nos casos agudos, infarto do miocárdio, a dor aparece subitamente, desencadeada por esforço ou não, e habitualmente se acompanha de suor frio, náusea e vômito. Também pode se manifestar com falta de ar súbita e sem causa evidente. 

O tratamento das doenças coronárias tem como pilar fundamental o tratamento clínico através de diferentes tipos de medicamentos  que atuam estabilizando a doença e melhorando a oferta de sangue para o músculo cardíaco, além de diminuir o risco de formação de coágulo no interior da artéria.

 

“Quando o tratamento clínico, isoladamente, não é capaz de aliviar os sintomas ou minimizar o risco de eventos, dispomos das técnicas invasivas de revascularização do miocárdio através da cirurgia de ponte de safena ou da desobstrução do vaso através da angioplastia, com implante de stent metálico ou bioabsorvível”, completa o cardiologista.

 

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