Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia mostram que a realidade da cegueira na infância é assustadora. No mundo, aproximadamente 1,4 milhões de crianças são incapazes de enxergar, sendo o glaucoma congênito uma das principais causas.
Em 10 julho acontece o Dia da Saúde Ocular, uma data para estabelecer medidas de prevenção e tratamento para problemas de visão.
Como o próprio nome diz, o glaucoma congênito é uma doença que a criança herda da mãe ainda na gestação. Ele é considerado grave, mas pode ser tratado quando diagnosticado precocemente. Conheça as causas desse problema, como ele é tratado e saiba a importância do Dia Mundial da Saúde Ocular para a prevenção da cegueira.
Alerta sobre o glaucoma congênito
Proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, o Dia Mundial da Saúde Ocular promove debates sobre os problemas de visão e informa os meios de prevenção e tratamento. Esses órgãos objetivam que, em 2020, a população esteja plenamente consciente de como evitar a cegueira.
De acordo com a OMS, oito em cada 10 casos de perda de visão poderiam ser evitados com o diagnóstico precoce. É fundamental consultar um oftalmologista periodicamente, já que as crianças são cada vez mais vítimas de danos à visão.
A primeira consulta pode ser feita a partir dos dois anos de idade. Na escola, os pais são orientados a avaliar os problemas de refração, como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
Apesar de a miopia ser o problema visual mais comum entre as crianças, a preocupação com o glaucoma congênito é maior. Essa é a principal causa de cegueira entre os pequenos e exige um tratamento rápido para evitar danos sérios.
O que é o glaucoma congênito?
Do nascimento até os três anos de idade, o glaucoma congênito se desenvolve pelo aumento da pressão dentro olho. Em função do acúmulo de líquido, a visão é afetada porque o nervo ótico é danificado. Quando não tratado, pode levar à cegueira.
Quando um bebê nasce com a doença, costuma apresentar córnea turva, inchaço e aumento no tamanho dos olhos. Se o teste do olhinho não for feito, o diagnóstico pode demorar muito a ser confirmado, após os seis meses ou mais. Assim, o tratamento é mais complicado e o prognóstico de cura é menor.
Os sintomas também podem incluir lacrimejamento, quando os olhos ficam sempre úmidos, fotofobia e sensibilidade à luz. Alguns casos mostram diferenças de tamanho entre um olho e outro. Na hora de testar o bebê para o glaucoma, o oftalmologista faz um exame que inclui medição da pressão dentro do olho e avalia todas as partes, da córnea ao nervo óptico.
Até o fim do terceiro mês de vida, é fundamental que os bebês façam o teste do olhinho para detectar problemas como o glaucoma congênito.
Quando ele é identificado corretamente, o médico recomenda colírios para diminuir a pressão intraocular e pode prescrever a melhor opção cirúrgica, de acordo com o caso da criança.
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