Clínica Geral

Excesso de trabalho aumenta risco de derrame, aponta estudo

Por Redação Doutíssima 12/09/2015

O trabalho pode ser uma das maiores fontes de prazer no dia a dia. Muitos afirmam gostar tanto do que fazem que não percebem o tempo passar. O resultado são horas extras e um excesso de trabalho que, ao invés de melhorar a vida das pessoas, só acarreta problemas de saúde, como riscos de derrame cerebral.

 

Excesso de trabalho e estresse

Um estudo publicado na revista Lancet, especializada em Medicina, apontou que a possibilidade de um derrame é 33% maior entre as pessoas que trabalham por mais de 55 horas semanais.

excesso de trabalho

Jornadas longas de trabalho aumentam o estresse e podem acompanhar maus hábitos. Foto: iStock, Getty Images

Os pesquisadores ainda não conseguem afirmar qual a relação desse risco com o excesso de trabalho, mas a suspeita é de que taxas maiores em pessoas que atravessam longas jornadas de trabalho se justificam por mais estresse e um estilo de vida recheado de maus hábitos, como alimentação inadequada e poucas horas de sono.

De acordo com especialistas, as pessoas que excedem o tradicional turno das nove às 17h, precisam monitorar com mais frequência a pressão sanguínea.

De acordo com a pesquisa apresentada pela publicação especializada, quem faz uma jornada de trabalho de até 48 horas por semana possui 10% mais chances de ser acometido por um derrame cerebral do que aqueles que cumprem jornadas entre 35 e 40 horas semanais.

O excesso de trabalho, que significa 54 horas semanais, eleva para 27% mais chances do indivíduo ter um derrame cerebral, assim como uma jornada ainda mais excessiva, de 55 horas, eleva o risco em 33%.

Os problemas que podem surgir em função desse excesso podem ir mais além. O sistema imunológico pode ficar comprometido e o resultado é uma porta aberta a todo o tipo de infecções e doenças.

E todas essas complicações que aparecem com o excesso de trabalho podem estar ainda mais potencializadas com alguns agravantes. Se a pessoa fuma, as chances de derrame podem dobrar. E se a jornada de trabalho aumenta de uma hora para outra, o organismo sofre as consequências pela falta de tempo para a adequação.

Quando existe excesso de trabalho, toda a atividade do sistema nervoso sofre alterações, pois passa a ser exigido de forma até então desconhecida. Mas se a jornada excessiva é inevitável, é possível tomar alguns cuidados para garantir que a saúde não seja tão prejudicada.

Excesso de trabalho exige mudanças de hábitos

Mudanças de hábitos gradativas podem ajudá-lo a se sentir melhor e a trabalhar com mais segurança em relação à sua condição física e mental. Comece pela alimentação. Busque a ajuda de um profissional, como um nutrólogo ou nutricionista, e escolham juntos a melhor forma de lhe garantir uma alimentação equilibrada, evitando excessos como gorduras ou frituras.

Aprenda a usar o azeite de oliva nas refeições, que garante sabor e é saudável. Habitue-se a comer peixe e soja pelo menos uma vez na semana. Evite tudo o que for rico em colesterol como gemas de ovo, queijos com gordura, manteiga e sempre que possível, opte pelo arroz integral.

Na hora da sobremesa, escolha uma fruta e fique longe de abuso de sal e de bebidas alcoólicas. Coma devagar, mastigando bem os alimentos e dando tempo para que o processo da digestão inicie da forma correta.

Por fim, desenvolva o hábito de se exercitar. Descubra uma atividade física que lhe dê prazer e o faça dar uma escapadinha do trabalho. Especialistas recomendam 20 minutos diários de atividade aeróbica, como caminhada ou corrida.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar! 

 

É fã do Doutíssima? Acompanhe o nosso conteúdo pelo Instagram!