Esporte

Jogos Paraolímpicos do Rio terão a estreia do paratriathlon

Por Redação Doutíssima 18/09/2015

Paratletas de todo o mundo tiveram muito o que comemorar em 11 de dezembro de 2010. Nesse dia, o Comitê Paraolímpico Internacional anunciou que o paratriathlon seria oficialmente incluído no calendário dos Jogos Paraolímpicos e faria sua estreia no Rio 2016. Trata-se de um esporte que exige muito esforço e superação.

 

Segundo a Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri), o País já conta com paratriatletas de alto nível há 16 anos. Embora apenas em 2016 o esporte fará sua estreia nos Jogos Paraolímpicos, há disputas internacionais e nacionais há vários anos.

paratriathlon

Modalidade com ciclismo, corrida e natação vai fazer parte dos Jogos Paraolímpicos de 2016. Foto: iStock, Getty Images

Por exemplo, de 15 a 20 de setembro será disputado o Campeonato Mundial em Chicago, nos Estados Unidos, e em sete de novembro será disputada a 3ª etapa do Campeonato Brasileiro em Ilhéus, na Bahia.

 

Como funcionará o paratriathlon no Rio 2016?

O triathlon é uma modalidade que envolve a conjugação de três esportes: corrida, nado e ciclismo. No caso do paratriathlon, é a União Internacional de Triathlon quem define as categorias em que o esporte é disputado.

Há cinco classes, divididas pelas siglas PT1, PT2, PT3, PT4 e PT5. Os atletas são alocados em cada uma delas através de um sistema de pontuação e, dependendo do caso, conforme sua deficiência.

 

A categoria PT1 é a que acolhe os cadeirantes. Nela participam os atletas que possuem limitações para conduzir bicicletas e correr – deficiência nos membros, por exemplo.

São usadas uma bicicleta de mão para cumprir essa etapa da prova, bem como uma cadeira de rodas especial para corredores na fase da corrida. Podem integrá-la atletas que tenham até 640 pontos no sistema de avaliação.

 

Nas categorias PT2, PT3 e PT4 também entram atletas com limitações nos movimentos, mas aqui é permitido o uso de próteses ou aparelhos de apoio.

Os paratletas são distribuídos em cada uma delas conforme o número de pontos no sistema de avaliação – PT2 é para aqueles que tenham até 454,9 pontos, PT3 é para aqueles que tenham entre 455 e 494,9 pontos, e PT4 é para aqueles que tenham pontuação de 495 a 557.

 

Há ainda a categoria PT5, destinada a quem tem deficiência visual. Aqui há uma subdivisão em B1, B2 e B3, conforme o nível de deficiência dos paratletas. Nessa classe, há uma exigência específica: a presença de um guia, que deve ser da nacionalidade e do sexo do paratleta, e inclusive participar da etapa do ciclismo montando uma bicicleta de dois lugares.

 

Nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro, o paratriathlon terá um percurso composto de 750 metros de natação, 20 quilômetros de ciclismo e cinco quilômetros de corrida. A prova será disputada no Forte de Copacabana, e o atleta que conseguir realizá-la no menor tempo possível é o vencedor.

 

Como começar a praticar?

Esse esporte é uma excelente oportunidade para quem deseja se tornar um triatleta. Afinal, ele permite que pessoas com quase todos tipos de deficiências o disputem, e ainda inclui três modalidades em uma só – ciclismo, corrida e natação.

 

Para quem deseja começar, é interessante buscar informações junto a Confederação Brasileira de Triathlon sobre locais adequados para treinamentos. Lembre-se de que por mais que seja um esporte altamente inclusivo, é necessária uma estrutura mínima – bicicletas específicas para a parte de ciclismo, por exemplo.

 

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