Sexualidade

Trampling: conheça a prática sexual de pisar no parceiro

Por Redação Doutíssima 30/11/2015

O trampling é um fetiche sexual que envolve um parceiro submisso que é pisoteado por uma ou mais pessoas. Essa prática pode ser usada para produzir tanto o prazer quanto a dor. 

 

Esse fetiche é bastante comum em relacionamentos de casais adeptos a BDSM, sigla para Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo. Geralmente, ela se revela em relações nas quais a pessoa dominante é a melhor.

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Esse fetiche sexual envolve um parceiro submisso que é pisoteado por uma ou mais pessoas. Foto: iStock, Getty Images

 

Fantasias sexuais: comum ou incomum?

Muitas pessoas têm vergonha de abrir suas fantasias sexuais porque pensam que elas podem ser bastante incomuns. Pensando nisso, pesquisadores canadenses conduziram uma pesquisa para definir o que seria uma fantasia sexual usual e o que seria uma fantasia sexual rara. Os resultados foram publicados no Journal of Sexual Medicine.

 

Participaram do levantamento 717 homens e 799 mulheres, com média de idade de 30 anos. Foi apresentada a essas pessoas uma lista com 55 diferentes fantasias, mas elas também tinham liberdade para escrever suas próprias. De posse dessas informações, os fetiches foram classificados em raros, pouco usuais, comuns ou típicos, conforme o número de menções.

 

Os resultados mostraram que 47% das mulheres falaram que gostariam de dominar o parceiro sexualmente e 53% dos homens mencionaram que gostariam de ser dominados – essa prática foi considerada comum. Ser espancado para obter prazer sexual foi mencionado como fantasia para 28,5% dos homens, e espancar alguém com esse mesmo objetivo foi citado por 24% das mulheres – prática considerada pouco usual.

 

É verdade que o trampling não foi citado pelas pessoas, mas os números acima podem ser a ele relacionados. É que essa prática pode ser utilizada como uma técnica de dominação e, também, normalmente seu objetivo é produzir dor no parceiro – ou seja, talvez ela não esteja totalmente dissociada da dominação e do espancamento.

 

Como funciona o trampling

Essa prática produz intensos sentimentos de controle para o amante e sentimentos de humilhação e frustração para o escravo que concordou com o jogo sexual. Em comparação a outros fetiches sexuais, ela é capaz de gerar excitação sexual pelo fato de que a pessoa submissa é pisada e consequentemente subjugada e humilhada.

 

Quem aceita esse tipo de jogo sexual como método de excitação muitas vezes tem tendência a gostar e praticar outros fetiches, como aqueles relacionados a pés e ao masoquismo. É que uma pessoa com forte fetiche por pés é capaz de alcançar a excitação máxima ao sentir que uma mulher descalça caminha por cima de seu corpo.

 

Além disso, masoquistas sentem excitação em decorrência da dor e do desconforto geral que envolve diversos atos. E nesses atos é possível que o trampling esteja incluído.

 

Embora seja mais comum que os homens sejam os submissos nessa prática, não são apenas eles quem tem desejo de serem pisoteados em posição de submissão. Muitas mulheres também podem fazê-lo, e nem sempre o que motiva o jogo é a sensação de sentir-se humilhado e subjugado – mas sim a vontade de humilhar o submisso.

 

Como ocorre em qualquer outra prática de BDSM, é preciso estar ciente de que ela vai produzir dor e que são necessárias medicas de segurança. Procure estabelecer com o parceiro uma palavra ou gesto de alerta entre dominadora e escravo, especialmente se o trampling incluir pisar no pescoço.

 

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