Já é possível afirmar que hanseníase tem cura. Após o surgimento e liberação do tratamento poliquimioterápico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença deixou de ter o status “incurável”. Com o diagnóstico precoce e a regularidade no acompanhamento médico, é possível combater o aparecimento das deformações na pele.
A hanseníase tem cura, mas o que causa a doença?
Proveniente da bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase era conhecida como “lepra”. No passado, ela matou milhares de pessoas em uma crise que afetou o mundo todo. Em função das deformidades que ela provoca no rosto das pessoas, ela causou rejeição e preconceito para com os portadores da doença.
Considerada crônica e infecto-contagiosa, ela afeta a pele e o sistema nervoso. Os braços, as mãos, as pernas, as coxas e os pés são os membros mais afetados, nos quais aparecem modificações bastante fortes no corpo.
Se não for tratada, pode tornar a pessoa incapacitada para trabalhar e conviver em sociedade. Mesmo sabendo que hanseníase tem cura, a segregação ainda permanece por seu caráter contagioso.
Transmitida pelo contato direto ou pelas vias respiratórias próximas à pessoa infectada, a hanseníase tem cura. Porém ela só é possível após um longo tratamento. A doença é altamente contagiosa e afeta pessoas de qualquer sexo ou idade, não possuindo grupos de risco.
Algumas pessoas podem ter resistência orgânica natural e, mesmo estando em contato com a bactéria, não desenvolverem a doença. Depois de infectada, a pessoa passa a transmitir a hanseníase.
Apesar de nem todos os que contraem a bactéria serem transmissores, ela torna milhares de pessoas em multibacilares (que são capazes de transmitir). O tratamento visa impedir a infecção a terceiros.
A hanseníase tem cura: conheça os sintomas
A doença se manifesta através de sinais, como manchas brancas, rosadas, vermelhas ou em tom de cobre que tenham diferenças na sensibilidade (a chamada “dormência”). A diminuição da força nos músculos também é sinal de hanseníase, bem como a alteração de sensibilidade em qualquer parte do corpo, com maior frequência nos pés e nas mãos.
Com o teste da agulha é possível fazer um diagnóstico prévio para a doença. Verifique a sensibilidade da pele espetando uma pessoa (que esteja com os olhos vendados) com uma agulha na área suspeita de dormência. Se ela não reagir ao toque (não sentir nada), pode ser sinal de hanseníase. Neste caso, procure um médico.
Hanseníase tem cura mesmo para aqueles que não têm condições de pagar por um tratamento. Chamada poliquimioterapia, ou PQT, a técnica é composta por dois ou três medicamentos, dependendo da manifestação e estágio da doença. Esse procedimento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Quando a doença é paucibacilar (com poucos bacilos), são administrados dois remédios por um período de seis meses. Esse caso é para as pessoas que resistem mais à doença. Os pacientes que têm menor resistência passam pela poliquimioterapia para multibacilares (com muitos bacilos), utilizando três medicamentos durante um ou dois anos.
De forma bastante segura, a eficácia desse tratamento é comprovada, e garante que a hanseníase tem cura. É necessário, no entanto, acompanhamento médico durante todo o processo.