Clínica Geral

Exame de fundo de olho ajuda a detectar doenças precocemente

Por Redação Doutíssima 05/08/2015

O exame de fundo de olho é um procedimento considerado simples e sua origem é antiga. Mesmo assim, muitas pessoas ainda deixam de detectar doenças precocemente pela falta de visita regular ao oftalmologista. Saiba mais sobre esse exame que pode indicar não apenas doenças nos olhos, mas também outros problemas de saúde.

 

Origem do exame de fundo de olho  

Desde que foi inventado em 1850 por Herman Von Helmholtz, o oftalmoscópio vem sendo utilizado para a realização do exame de fundo de olho – mesmo com algumas mudanças e avanços no caminho. O aparelho é capaz de passar um feixe luminoso estreito pelo olho de forma que é possível ao médico visualizar a retina do paciente.

exame de fundo de olho

Glaucoma e hipertensão arterial podem ser detectados com exame feito por oftalmologista. Foto: Shutterstock

Qualquer oftalmologista pode fazer o exame de fundo de olho e pessoas em quaisquer idades podem se submeter a ele, embora crianças pequenas possam ter alguma dificuldade para deixar o médico realizá-lo, como explica a médica oftalmologista e especialista em oftalmopediatria Jiao Fang.

 

Doenças que o exame de fundo de olho detecta

No caso de alguma anormalidade ser detectada pelo oftalmologista durante o exame de fundo de olho, o paciente poderá ser encaminhado a outro especialista, de acordo com o que for apontado.

 

A médica explica que as anormalidades são investigadas, como suspeitas de glaucoma, hipertensão arterial, doenças infectocontagiosas e até tumores. Com o exame de fundo de olho, é possível ainda detectar neoplasias, diabetes, manchas de fundo olho e sinais de potenciais melanomas.

 

O ideal, de acordo com a oftalmologista, é que as pessoas procurassem um profissional desde cedo. Idade, medicamentos e muitos outros fatores podem interferir na saúde ocular. “Acompanhando o paciente ao longo do tempo, é possível conhecer o seu padrão e saber se houve mudanças”, explica.

 

Mesmo antes que aprendam a ler, alguns sintomas de problemas e doenças nos olhos podem aparecer em crianças. “Os pais devem estar atentos. Pais que usam óculos podem levar o filho para uma avaliação, a partir de um ano já é possível verificar um padrão de grau”, relata. Entre os sinais de problemas, estão o ato de apertar os olhos e a aproximação da TV.

 

Outras queixas que surgem, segundo a médica, são de dores de cabeça que podem se manifestar num choro sem explicação ou sensibilidade em relação à luz, a chamada fotofobia. Há também o estrabismo. “Comportamentos como desviar o olhar podem ser um sinal, e o oftalmologista deve ser procurado”, recomenda.

 

O mesmo vale para casos em que a pessoa pisca com frequência maior que a considerada normal. A médica explica que as causas e fatores podem ser bastante diversos, inclusive de fundo neurológico. “Mas sempre o paciente deve primeiro procurar o oftalmologista. Se for o caso, ele será encaminhado ao especialista”, completa.

 

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