Ter uma religião, muitas vezes, é benéfico para as pessoas e um senso de religiosidade em casa definitivamente é capaz de ajudar no relacionamento. Como se trata de uma questão bastante subjetiva, vários casais acabam entrando em conflito quando ela não é compartilhada. Por isso, é preciso aprender a lidar com essas situações.
Religião e casamento
Estudos sociológicos têm mostrado que a religiosidade quando praticada regularmente está associada a maior estabilidade e satisfação conjugal, bem como a um aumento da probabilidade de um indivíduo casar.
Uma pesquisa realizada pela Universidade do Texas, por exemplo, indica que casais que reconhecem um propósito divino no casamento são mais propensos a um maior ajuste conjugal e a perceber mais benefícios nesse tipo de relação. Além disso, o levantamento demonstrou que eles são menos tendentes a usar a agressão para resolver um impasse em caso de discordância.
Outro estudo publicado no Family Relations revela ainda que casais cujos casamentos duraram 30 anos ou mais mencionam sua fé como um auxílio para tempos difíceis. Eles informaram que a religiosidade era uma fonte de orientação moral na tomada de decisões e para lidar com o conflito, e incentivou-os a manter o compromisso.
E quando a fé não é partilhada?
De acordo com um levantamento publicado no Journal of Family Issues, casais com visões teológicas divergentes são mais propensos a discutir, principalmente sobre questões financeiras.
Para os pesquisadores da Universidade de Illinois, que publicaram artigo na revista Demography, um casamento “misto” (com mistura de fés) também está mais sujeito a instabilidades.
E não é apenas esse o problema. Segundo uma pesquisa publicada no Journal of Marriage and Family, casais que divergem quanto à religiosidade têm maiores chances de se separar. O levantamento mostrou que um terço dos cônjuges que tinha a mesma religião reconciliou-se, enquanto menos de um quinto das pessoas com diferentes visões seguiu esse mesmo rumo.
Como gerir a religiosidade em um relacionamento?
Para ter um relacionamento em que os parceiros possuem religiões diferentes, é preciso ter cuidado com algumas questões. A partir daí é possível evitar discussões ou problemas. Veja algumas dicas capazes de ajudar:
1. Linhas abertas de conversação
Tenha comunicação direta sobre o assunto e evite questionar crenças e práticas religiosas do outro.
2. Sogros
Para lidar com sogros, o melhor é ouvir seus pensamentos e expressar empatia. Porém, não tenha medo de estabelecer limites para que eles respeitem sua decisão.
3. Datas religiosas
Feriados são dias em que as diferenças podem aparecer. O casal deve decidir quais práticas se encaixam à família, e cada um deve ter liberdade para praticar sua fé e próprios rituais.
4. Religião dos filhos
Decidir a religião do filho talvez seja a decisão mais difícil. É necessário decidir isso antecipadamente e evitar conflitos ao longo do tempo. Considere ainda a possibilidade de as crianças escolherem por conta própria – e, por óbvio, respeite essa escolha.
5. Saber quando não vai funcionar
Mesmo que alguns sejam capazes de se comprometer e viver feliz com duas religiões em um relacionamento, para outros isso é inviável. Duas pessoas muito religiosas e de diferentes crenças podem não ser conseguir trabalhar as diferenças. Se as coisas chegarem nesse ponto, é interessante considerar a hipótese de cada um seguir seu caminho.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!