A peste bubônica, ou peste negra, remete nosso pensamento à Idade Média. Lembrada como uma das epidemias mais devastadoras da história, ela assolou países ao redor do globo e dizimou pela metade a população europeia, entre os anos de 1347 e 1350. Apesar da realidade parecer distante, em 2015, os Estados Unidos já registraram 15 casos da peste.
De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças do governo norte-americano, desse total, quatro resultaram em mortes. O número é expressivo, considerando que a quantidade de pessoas afetadas somente nesse ano nos Estados Unidos é superior ao registrado neste século, período em que ocorreram sete casos registrados.
O que é a peste bubônica?
Os historiadores dizem que a peste bubônica veio da China e se espalhou pelo continente europeu através dos navios mercantes. O causador da doença é um bacilo presente em ratos e pulgas, contagiando humanos através da mordida. O contágio também pode ocorrer entre humanos, através da tosse e inalação da bactéria.
A peste pode apresentar diferentes sintomas, dependendo da forma como se manifesta no corpo. A peste bubônica, mais comum, causa inflamações nos gânglios linfáticos do pescoço, virilhas e axilas. Já a pneumônica afeta diretamente os pulmões, podendo matar em até 24 horas. A septicêmica ataca diretamente o sangue, ocasionando hemorragias.
Febre alta e dores muito fortes no corpo também são características dos sintomas. O aspecto físico da pessoa afetada é igualmente marcante e foi um fator determinante para que a pandemia ganhasse o nome de peste negra na Idade Média. Especialmente porque a saliva e o escarro dos doentes apresentavam aspecto escurecido.
A peste bubônica passou a ser tratável graças à descoberta dos antibióticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), hoje a peste negra pode ser tratada com sucesso, especialmente quando é diagnosticada precocemente. Já quando não tratada, mata cerca de 30 a 40% dos pacientes.
Peste negra no século XXI
Com a existência de medicamentos antibióticos e antimicrobianos, parece impensável que no século atual ainda morram pessoas devido à peste negra. É por isso que as organizações estão monitorando de perto os casos da doença registrados na África e nos Estados Unidos, nos últimos anos.
De acordo com os dados da OMS, em 2014, mais de 119 casos foram confirmados na ilha de Madagascar, África. O resultado foram 40 mortes registradas. O número ainda poderá aumentar, considerando que enchentes geradas por uma tempestade tropical no Oceano Pacífico atingiram o local, espalhando muitos ratos pela região.
Nos Estados Unidos, os estados mais afetados são os do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado, especialmente nas zonas rurais. A incidência ainda é maior durante o verão, quando as pessoas ficam mais expostas a áreas externas.
Por isso, a recomendação das entidades americanas é se precaver contra mordidas de pulgas e ratos e não manusear carcaças de animais em áreas endêmicas da praga. A questão da higiene também ganha destaque, pois a falta dela pode ser um fator decisivo para o aumento do risco de contração da doença.
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