A busca pela felicidade, por ser/estar feliz, nos invade constantemente. Nossa sociedade nos impõe, de certa forma, a obrigação do prazer, da felicidade, da vida plena. Só que tudo isso dentro dos padrões antes por ela estabelecidos.
Se pararmos para pensar, o prazer e a felicidade se relacionam com o consumo, com a cultura capitalista na qual estamos imersos. Ser é ter. Possuir. Nosso valor acaba por se agregar ao que temos, não ao que somos. Vivemos assim e, as vezes, nem nos damos conta do quanto isso é produzido subjetivamente nos nossos espaços, em nosso cotidiano, em nosso viver.
Felicidade: o que é isso?
No dicionário ela significa “qualidade ou estado de feliz; ventura, contentamento; bom êxito, sucesso; boa fortuna, sorte”. Também pode ser definida como “um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio”. Tem ainda o significado de bem-estar espiritual ou paz interior.
O homem sempre procurou pela felicidade. Filósofos e religiosos sempre se dedicaram a definir sua natureza e qual o tipo de comportamento ou estilo de vida levaria à felicidade plena. Alguns pesquisadores da psicologia desenvolveram métodos e instrumentos, como o “Questionário da Felicidade de Oxford”, para tentar medir o nível de felicidade de um indivíduo. Esses métodos levam em conta fatores físicos e psicológicos, tais como envolvimento religioso ou político, estado civil, paternidade, idade, renda etc. Mas será que é mesmo possível medir a felicidade? Estranha vontade humana essa de estar sempre querendo medir e objetivar tudo e todos, esquecendo que vida é sempre imprevisível e de exata e objetiva ela não tem nada.
Felicidade: por que a buscamos?
Claro que ninguém gosta e nem quer sofrer. As vezes nem conseguimos encontrar o valor que algo diferente da felicidade pode ter. Também não estou falando contra ser feliz, ou algo do tipo. Estou tentando pensar no que é a tal “felicidade” e como ela nos atravessa. Como ela se constrói? A que ela está atrelada? O que buscamos e priorizamos para poder encontrá-la?
Difícil responder tais perguntas. O fato é que nessa incessante busca pela felicidade relacionada ao “ter”, podemos perder o “ser”. Sempre ouvi que a vida se faz de “pequenos momentos” e que encontramos a felicidade nas “coisas simples da vida”. Creio que essas frases podem conter grandes verdades. Depende da escolha de cada um. Na busca por somente possuir podemos arriscar nos perder pelo caminho, enquanto nossa vida passa e os pequenos momentos felizes podem nem ser percebidos.
Li uma vez sobre “o segredo do contentamento”, dizia que este segredo tinha a ver com “aprender a contentar-se com o que o se tem”, “tendo muito ou tendo pouco”. Entendo que a vida é feita de momentos felizes, mas também de momentos infelizes, e que cada momento tem a sua sabedoria e aprendizagem. Difícil, complexo, porém algo a ser pensado.
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