Diariamente, diferentes situações desencadeiam o estresse. É o despertador que não toca no horário programado, são prazos apertados no trabalho, os cortes financeiros em casa ou, então, o engarrafamento no trânsito. Mas, afinal, você sabe reconhecer quais são os sintomas do estresse?
O Brasil é o segundo país com o maior nível desse problema. De acordo com a International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse/Isma), o estresse afeta 80% da população brasileira, sendo que 30% estão em nível crítico.
Além disso, pelo menos três em cada sete trabalhadores sofrem com o “mal do século”, nome dado por muitos médicos e psicólogos para a doença. Ele prejudica o organismo e aumenta a incidência de doenças do coração e a hipertensão arterial.
Estresse aumenta a incidência de doenças do coração e a hipertensão arterial.Foto: iStock, Getty Images
Como reconhecer os sintomas do estresse
A palavra estresse foi vulgarizada e se tornou sinônimo para cansaço, o que é um equívoco. Na verdade, trata-se de um conjunto de fatores internos ou externos chamados de estressores. “O estresse altera e modifica o ritmo natural da pessoa”, informa a psicóloga Miriam Pontes de Farias.
Segundo o Hospital Albert Einsten, os fatores internos estão ligados à personalidade. Já os externos são aqueles do ambiente. Ou seja, mudanças profissionais e nascimento de um filho, por exemplo, por mais que sejam positivas, causam estresse e necessitam que aconteçam adaptações por parte dos indivíduos envolvidos.
E dentro desses fatores é possível identificar os seguintes sintomas de estresse:
- Sensação de desgaste constante
- Alteração de sono (dormir demais ou pouco)
- Tensão muscular
- Formigamento (na face ou nas mãos, por exemplo)
- Problemas de pele
- Hipertensão
- Mudança de apetite
- Alterações de humor
- Perda de interesse pelas coisas
- Problemas de atenção, concentração e memória
- Ansiedade
- Depressão
Como tratar o estresse
Algumas simples medidas ajudam a enfrentar o estresse e os problemas de saúde gerados por ele. Uma das formas de tratamento é mudar os hábitos alimentares.
“Estresse e ansiedade provocam a queda nos níveis de serotonina, um neurotransmissor que nos faz sentir bem. Para aliviar essa sensação, a pessoa passa a ingerir os “alimentos de conforto”, que são frequentemente ricos em açúcar ou com elevados teor de gordura, fazendo com a que os níveis de colesterol “ruim” ou LDL se elevem”, explica Laís Aliberti, coordenadora de Nutrição da Unilever Brasil.
Prefira alimentos ricos em nutrientes e livres de gorduras trans, por exemplo. “Uma simples substituição na alimentação já significa uma mudança relevante na saúde. Comer de forma mais saudável não é apenas uma questão de vaidade e sim de bem-estar e qualidade de vida”, completa.
A prática de exercícios físicos também está entre as formas de diminuição de níveis do estresse.
De acordo com o geriatra e coordenador do programa de geriatria do Hospital Albert Einstein, Fabio Nasri, a vida saudável está associada ao comportamento também. Narsi, sugere a meditação para diminuir os efeitos da rotina agitada e estressante do dia a dia.
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