Clínica Geral

Dislipidemia: sintomas, causas e tratamento

Por Redação Doutíssima 13/02/2014

dislipidemiaAs dislipidemias são anomalias dos lipídios (gorduras) do sangue. Por definição, se trata de dosagens de indicadores biológicos.

Estes indicadores fazem parte dos fatores de risco cardiovascular. Se tratam das diferentes formas do colesterol no sangue e dos triglicérides. O colesterol não sendo solúvel, é transportado sob forma de LDL (Low Density Lipoprotein ou lipoproteína de baixa densidade), o colesterol ruim, e de HDL (High Density Lipoprotein ou lipoproteína de alta densidade), o colesterol bom. Suas proteínas transportadoras são a apolipoproteína B para o LDL e a apolipoproteína A1 para o HDL.

Os déficits de lipídios no sangue são raros no ocidente industrializado, fala-se pouco sobre a hipolipidemia. No entanto, no ocidente o que ocorre são os excessos. A hiperlipidemia refere-se ao excesso de lipídios no sangue. Distingue-se o excesso de colesterol, a hipercolesterolemia, do excesso de triglicerídeos, a hipertrigliceridemia. As diferentes variedades de hiperlipidemia torna o domínio bastante complexo.

 

dislipidemiaDislipidemia: saiba mais sobre a doença

Os triglicerídeos são o reflexo da alimentação, mas o colesterol depende apenas de 25% disso. Os outros três quartos do colesterol são produzidos pelo organismo (fígado) sob a influência essencialmente da herança genética. Os medicamentos, as doenças endócrinas como o hipotireoidismo ou a diabetes têm também um impacto sobre os lipídios do sangue.

O LDL é uma lipoproteína solúvel que transporta o colesterol do fígado onde ele é fabricado continuamente, aos órgãos que necessitam. Estes requisitos são importantes porque as membranas celulares de muitas hormonas são fabricadas com base no colesterol. O colesterol é, portanto, uma molécula indispensável.

O LDL é chamado de colesterol ruim, pois se ele não for consumido rapidamente pelos tecidos, ele se deposita nas artérias. Existem formas de placas ateroscleróticas, rígidas, inflamatórias, capazes de provocar uma coagulação sanguínea no local. O coágulo pode bloquear a artéria no local da sua formação, ou migrar para bloquear em outro local (fenômeno frequente nos AVC).

O HDL transporta o colesterol em excesso nos órgãos para o fígado, que degrada os sais biliares e os evacua nas fezes. É essencial para limpar o excesso de colesterol e, por isso, é chamado de colesterol bom.

A aterosclerose combina a placa de ateroma (placas de LDL) e as deteriorações arteriais do tabagismo e do diabetes, por exemplo. É uma doença que ocorre devido aos fatores de risco cardiovascular e ao histórico familiar.

Como a dislipidemia é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas, é muito importante realizar exames para medir as dosagens de colesterol e triglicérides periodicamente, para detectar a presença ou não de dislipidemia.  O diagnóstico de dislipidemia é feito através da dosagem do colesterol total e suas frações.

Inúmeras medidas são adotadas por adições sucessivas, ou imediatamente quando o risco cardiovascular é elevado ou muito elevado. O primeiro passo é a implementação de um estilo de vida adequado e medidas dietéticas, a segunda é o desaparecimento ou redução de outros fatores de risco modificáveis: tabagismo, obesidade, contracepção hormonal…

O tratamento com medicamentos pode ser necessário e pode variar de acordo com o perfil do paciente. O acompanhamento regular é indispensável.

 

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