A cardiopatia grave é uma doença crônica do coração, que possui causas variadas e que pode incapacitar progressivamente a vida pessoal e profissional de seu portador, podendo até mesmo levá-lo à morte. A doença se desenvolve quando o coração adoece a ponto de perder sua capacidade funcional.
Por infringir grandes desgastes físicos e emocionais ao paciente, a doença foi alvo do Projeto de Lei 6883/10, que se propunha a modificar a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/93) e conceder um salário mínimo mensal aos portadores de cardiopatia grave com renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo. Apesar da importância da proposta, ela foi arquivada no Congresso Nacional.
A insuficiência cardíaca, insuficiência coronária, arritmias complexas e a hipertensão arterial são algumas doenças que podem estar associadas e piorar o quadro da cardiopatia grave, condição que pode trazer grandes limitações a nível físico, no desenvolvimento das funções do dia a dia e no trabalho.
No entanto, o desenvolvimento de suas consequências no cotidiano do seu portador irá depender do tipo e da gravidade da doença que esteja associada à cardiopatia. Isto também ocorre com os sintomas da cardiopatia grave, que vão depender do grau de incapacitação do coração.
Entre os sintomas mais frequentes da doença, podem ser citados a dificuldade para respirar, as dores no peito, o cansaço após grandes esforços e as palpitações cardíacas, além de sinais que indicam o baixo fluxo de sangue em direção ao cérebro.
Tipos de cardiopatia grave
Confira quais são as cardiopatias consideradas graves:
Cardiopatias agudas: se tornam crônicas muito rapidamente e são caracterizadas pela perda da capacidade física e funcional do coração.
Cardiopatias crônicas: impõem limitações progressivas à capacidade física e funcional do coração se não houver tratamento adequado.
Cardiopatia terminal: reduz a expectativa de vida de forma extrema e a terapia com medicamentos é pouco efetiva. Seus portadores não são candidatos à cirurgia ou transplante devido à severidade do quadro clínico ou comorbidades associadas – como hipertensão arterial pulmonar, disfunção renal severa e neoplasia avançada.
Há, ainda, cardiopatias crônicas ou agudas que apresentam dependência total de tratamento farmacológico – com medicamentos como dobutamina e dopamina – ou mecânico – com balão intra-aórtico, por exemplo.
Diagnóstico
Para diagnosticar a doença, é preciso fazer uma avaliação da capacidade funcional do coração do indivíduo. Além de se estudar a história clínica dele, o médico precisa realizar alguns exames. São eles: clínico, eletrocardiograma em repouso, eletrocardiografia dinâmica, teste ergométrico, ecocardiograma em repouso e ecocardiograma associado a esforço ou procedimentos farmacológicos. Além disto, o especialista também pode requerer um estudo radiológico do tórax, cintilografia miocárdica e cinecoronarioventriculografia. De nome complicado, este último exame realiza uma avaliação do padrão evolutivo coronário.
Tratamento
Na ocorrência da cardiopatia grave, o tratamento deve ser feito por meio de remédios, por vezes, venosos. Também está prevista, conforme o caso, a colocação de balão intra-aórtico ou a realização de uma cirurgia para a correção do distúrbio de base nos casos de valvopatia, cardiopatia isquêmica ou congênita. Em casos mais graves da doença, é necessário realizar uma cirurgia de transplante cardíaco.
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