As cólicas menstruais, também chamadas de dismenorreia, consistem em uma dor pélvica provocada pela liberação de prostaglandina. Esta substância é responsável pela contração do útero, para que ele possa, desta forma, expelir o endométrio (camada interna do útero que cresce para nutrir o embrião) do corpo da mulher. Esta expulsão do endométrio é realizada em forma de sangramento, durante a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado. Aproximadamente 50% das mulheres sentem cólicas menstruais, em algum momento da vida.
A dismenorreia pode ser primária ou secundária. Ela é considerada primária quando causada pelo aumento na produção de prostaglandina pelo endométrio. Porém, quando ela resulta de alterações patológicas no aparelho reprodutivo (endometriose, miomas, tumores pélvicos, fibromas, estenose cervical, etc.), a dismenorreia é considerada secundária.
Sintomas
O principal sintoma das cólicas menstruais é a dor na parte inferior do ventre. A intensidade desta dor pode variar, se irradiando também para as costas e membros inferiores. Esta dor é aguda e intermitente. Quando muito fortes, as cólicas menstruais podem provocar náuseas, vômitos, dor de cabeça, inchaço e dor nas mamas.
Diagnóstico
“É importante estabelecer o diagnóstico diferencial entre a dismenorreia primária e secundária para conduzir o tratamento adequado. Além do levantamento da história clínica, exames de laboratório e de imagem ajudam nesse processo” alerta o médico oncologista Drauzio Varella.
Tratamento
“Mulheres com cólicas menstruais primárias, em geral, se beneficiam com a adoção de algumas medidas, como a prática de exercícios aeróbicos que ajudam a liberar endorfina, aplicação de calor local e dieta rica em fibras. Quando a dismenorreia é secundária, pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico. Nos dois casos, há o recurso do uso de medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides para alívio da dor. Esse uso, porém, não deve ser indiscriminado: exige acompanhamento médico. Como os hormônios contidos nos anticoncepcionais provocam atrofia do endométrio, local de produção da prostaglandina, a pílula está indicada nos casos de dismenorreia primária para mulheres com vida sexual ativa que não desejam engravidar”, explica Drauzio.
O que fazer para melhorar as cólicas menstruais?
- Evite levar uma vida sedentária. Exercícios aeróbicos, quando realizados de forma moderada, ajudam a aliviar as cólicas menstruais.
- Coloque uma bolsa de água quente sobre a região abdominal no momento em que você sentir as dores das cólicas menstruais.
- Evite alimentos que retardam o trânsito abdominal ou provocam fermentação, principalmente no período pré-menstrual.
- Beba sempre bastante água.
- Nunca se automedique, procure a ajuda de um médico. É importante que o diagnóstico diferencial entre a dismenorreia primária e secundária seja realizado, para que o médico possa selecionar o melhor tratamento.
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