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Entenda o papel da fisioterapia nos programas de reabilitação cardíaca

Por Mayara Pinheiro 13/05/2014

reabilitação cardíaca

Estudos em pacientes que sofreram um ataque cardíaco têm demonstrado que a participação em programas de reabilitação cardíaca pode reduzir as chances de sofrer um segundo infarto em 17%, no ano seguinte. E nos dois anos após o episódio, a taxa de mortalidade diminui cerca de 50%.

A fisioterapia, na reabilitação cardíaca, é voltada não só para a melhoria da qualidade de vida e sobrevida global dos pacientes com doenças coronarianas, mas também para a prevenção de outros males cardíacos.

A ação do fisioterapeuta, nos programas de reabilitação cardíaca, concentra-se principalmente nos aspectos físicos da recuperação, “minimizando os efeitos da perda de condicionamento prejudicado pelo repouso no leito e intensificando o funcionamento cardiovascular e músculo-esquelético*”.

A avaliação, condução de exercícios respiratórios e assistidos ou ativos, deambulação supervisionada e subida de escadas, por exemplo, são algumas das atividades que devem ser realizadas pelo fisioterapeuta, sempre de acordo com as condições do paciente. A orientação do exercício, automonitorização e descrição das atividades destinadas à prática na casa do paciente também estão sob encargo desse profissional.

Objetivo da reabilitação cardíaca

O principal objetivo dos programas de reabilitação cardíaca é permitir aos cardiopatas retornar, o quanto antes, à vida produtiva e ativa, a despeito de possíveis limitações impostas pelo seu processo patológico, pelo maior período de tempo possível.

A fisioterapia tem sido considerada um componente fundamental na reabilitação cardíaca de pacientes cirúrgicos, com o intuito de melhorar o condicionamento cardiovascular e evitar ocorrências tromboembólicas e posturas antálgicas, oferecendo maior independência física e segurança para a alta hospitalar e posterior recuperação das atividades do dia a dia.

Como o fisioterapeuta atua na reabilitação cardíaca?

O fisioterapeuta atuará nos hospitais, dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), junto aos pacientes que tiveram infarto do miocárdio ou foram submetidos a procedimentos cirúrgicos (ponte de safena, angioplastia etc.). Nesses casos, o tratamento objetiva prevenir as possíveis complicações do ataque cardíaco ou da cirurgia e promover a readaptação do paciente às atividades físicas básicas, como as empregadas na locomoção, alimentação e higiene.

Quando o paciente é transferido para a enfermaria, outras atividades são envolvidas, como os treinos de caminhada, resistência, equilíbrio e alongamento. Ao sair do hospital, ele é orientado a continuar no programa de recondicionamento físico, em clínicas de fisioterapia ou ambulatórios. Os fisioterapeutas cardiorrespiratórios podem, então, realizar diferentes tipos de testes para avaliar a capacidade do indivíduo na prática de exercícios físicos, do tipo aeróbico, como caminhada, corrida, ciclismo e atividades em piscinas, bem como exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação, que podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos.

*PRYOR e WEBBER, 1998

 

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