O estrabismo consiste em um desequilíbrio da função dos músculos oculares. Isso resulta no fato de que os olhos não conseguem ficar postados de forma paralela. Ou seja, enquanto um dos olhos fica colocado de forma a olhar para frente, o outro se desvia para o lado.
O que causa o estrabismo
As causas que dão origem ao estrabismo remetem a disfunções nos seis músculos de cada olho, que servem para controlar os seus movimentos. Para focalizarmos ambos os olhos em um objeto, todos os músculos de cada olho devem estar trabalhando de forma harmoniosa.
Tudo começa no cérebro, que é responsável pelo controle dos músculos oculares e seus movimentos por meio de impulsos nervosos. Isso faz com que doenças que afetam o cérebro, como paralisia cerebral, Síndrome de Down, hidrocefalia, prematuridade, viroses, traumas e tumores cranianos apresentem de forma frequente como sintoma o estrabismo.
Quando a condição se manifesta
O estrabismo pode estar presente já no início da vida ou surgir mais tarde, ainda na infância. Também pode aparecer ainda mais tarde, mesmo em adultos. Neste caso, o problema é geralmente causado por alguma doença física não ocular, como o diabetes e doenças neurológicas, ou devido a um traumatismo na cabeça.
A ocorrência do estrabismo, nesse último caso, torna-se mais frequente com o aumento dos acidentes de trânsito. Ao surgir na vida adulta, ou ainda na criança grande, o primeiro sintoma do paciente é a visão dupla. Nos estrabismos adquiridos mais cedo, porém, esse sintoma não é aparente.
Antes dos quatro meses de idade, os olhos do bebê podem apresentar pequenos desvios, no entanto, de forma rara e por períodos de tempo curtos. Isso acontece pois os reflexos que alinham os olhos ainda não estão maduros. Passados os primeiros quatro meses isso não deve mais ocorrer, pois desvios oculares frequentes ou permanentes, em qualquer idade, não se curam sozinhos.
Como tratar o estrabismo
Em termos de tratamento, a baixa visão causada pelo estrabismo pode ser curada, desde que um tratamento adequado se inicie muito cedo, antes dos dois anos de idade. Depois disso, as possibilidades de cura caem rapidamente, pois as células cerebrais atrofiadas não podem ser recuperadas.
É por esse motivo que o tratamento é uma questão de urgência. É preciso consultar um médico oftalmologista especializado em crianças o mais rapidamente possível, assim que o desvio dos olhos é percebido.
Por outro lado, todas as crianças devem fazer um exame oftalmológico de rotina, mesmo que não haja nenhuma queixa quanto aos olhos, em torno de um ano de idade, pois há estrabismos de muito pequeno ângulo de desvio, que não são percebidos pelas pessoas não especializadas, mas são suficientes para causar visão dupla.
Uma vez eliminada a baixa visão, o próximo passo consiste em tratar do desvio dos olhos. Em alguns casos, isso se consegue apenas com o uso de óculos. No entanto, na grande maioria das vezes, o tratamento é cirúrgico. A cirurgia não é feita sobre o olho, mas sim nos músculos que o movimentam. A internação hospitalar é de poucas horas e a recuperação é rápida.
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