Parecida com a dengue, a febre chikungunya é uma doença transmitida aos seres humanos pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus.
O vírus causa uma doença com sintomas semelhantes ao da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. No entanto, a grande diferença entre a febre chikungunya e a dengue está na consequência junto às articulações.
Dores nas articulações marcam febre chikungunya
Isto porque, neste caso, o vírus avança nas juntas e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. A dor associada com a infecção chikungunya das articulações persiste por semanas ou meses, ou em alguns casos, anos.
Após uma grande epidemia propagada do Oceano Índico à Índia em 2006, a doença teve alguns casos identificados no Brasil em 2010, trazidos por viajantes vindos da Indonésia, da Ilha Réunion, da Índia e do sudeste asiático. Apesar de ter sido controlada na época, a febre chikungunya vem acumulando novos casos no país.
Em apenas um mês, o número de infectados subiu de 53 para 828. Por isto, é importante saber como prevenir a febre chikungunya.
O aumento dos registros deve-se à mistura de chuva e calor, a combinação perfeita para que o Aedes aegypti se desenvolva e se reproduza. Ao todo, 13 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, já registraram ocorrências da doença.
A Bahia é o estado que concentra o maior número de casos. Somente lá se encontram 458 casos confirmados. Em seguida, vem o Amapá com 330 e São Paulo com 17.
Tratamento da febre chikungunya
O período de incubação da doença é de 2 a 4 dias, sendo que o seu diagnóstico é feito por meio de testes de laboratório que incluem RT-PCR, isolamento viral e testes sorológicos.
A realização dos exames laboratoriais, principalmente no princípio da epidemia, é fundamental para um registro epidemiológico e detecção dos focos da doença, possibilitando que haja controle da febre.
Como não existem tratamentos específicos para a febre chikungunya, é importante tomar muito líquido para evitar a desidratação e ficar em repouso. Na ocorrência de dores e febre, o uso de medicamento antitérmico é indicado.
Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva. Já nos casos mais simples da doença, uma boa hidratação e repouso adequado já atenuam os sintomas, fazendo com que o vírus seja eliminado em apenas dez dias.
A melhor forma de prevenção da doença é não deixar água parada, já que o mosquito precisa dela para se reproduzir. Evite o acúmulo de água parada, coloque areia nos vasos de plantas, higienize e limpe as calhas e mantenha piscinas e aquários limpos.
Além disto, é importante se proteger contra o contato com os mosquitos transmissores de doenças, fazendo uso de repelentes e de calças e roupas de manga.
Uma medida alternativa, que pode surtir efeitos positivos na prevenção da doença, é a ingestão de suplementos de vitaminas do complexo B. Isto porque ele pode mudar o odor que nosso organismo exala, confundindo o mosquito e funcionando como uma espécie de repelente.
O consumo de alho também pode ter esse efeito. No entanto, a suplementação deve começar a ser feita antes da alta temporada de infecção do mosquito. A estratégia deve ser somada ao combate de focos da larva do mosquito, ao uso do repelente e a colocação de telas em portas e janelas.
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