Clínica Geral

Veja como se prevenir e identificar sintomas da difteria

Por Redação Doutíssima 16/12/2014

Causada por uma bactéria (a Corynebacterium diphtheriae), a difteria é uma infecção contagiosa, transmitida de pessoa a pessoa pelo contato físico e respiratório. A doença provoca o surgimento de placas amarelas na garganta e amígdalas, na laringe e no nariz.

 

Inchaços no pescoço e aumentos nos gânglios linfáticos são consequências que podem causar dificuldades na respiração ou bloqueio total das vias aéreas.

 

No Brasil, poucos casos são registrados. A doença praticamente entrou em extinção após o surgimento da vacina tríplice bacteriana e da pentavalente. Hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, menos de cinco casos são registrados por ano.

 

 

Vacina previne a doença e faz parte do calendário oficial. Foto: iStock, Getty Images

Vacina previne a doença e faz parte do calendário oficial. Foto: iStock, Getty Images

 

Prevenção da difteria é extremamente eficiente

 

Quem está com a vacinação em dia, não corre riscos de ser contaminado. A vacina tríplice bacteriana, que previne contra a difteria, o tétano e a coqueluche, está no calendário de vacinação de crianças com até sete anos. Mesmo após esse período, ainda é possível tomar a dTpa, ou tríplice bacteriana adulta, que tem efeito de mesmo valor.

 

A vacina pentavalente, administrada até os dois anos de idade, é ainda mais abrangente que a tríplice bacteriana. Isso porque também age contra a hepatite B e doenças do Haemophilus influenzae tipo b. Ela também está no calendário de vacinação obrigatório.

 

Essas duas vacinas são disponibilizadas gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Mesmo que não tenham sido tomadas de acordo com o calendário nacional de vacinação, podem ser administradas em outros períodos com composições de acordo com a idade.

 

É fundamental que recorram à imunização pessoas que viajam muito, profissionais da saúde, bombeiros, policiais, militares, aviadores, manicures, podólogos, coletores de dejetos e lixos, e profissionais da área infantil ou veterinária.

 

Sinais da difteria surgem logo após a contaminação

 

Não demora muito após o contágio para que a difteria mostre seus primeiros sinais. Entre 1 e 6 dias, os sintomas já começam a surgir. A dor de garganta, o inchaço nos gânglios e no pescoço, e a rouquidão são os principais.

 

Dor de cabeça intensa, podendo ser acompanhada de febre e mal estar também surgem, seguidas de corrimento no nariz e dificuldade em respirar. Uma membrana grossa, de tonalidade cinza, costuma cobrir a região da garganta e das amígdalas.

 

Em alguns casos, a difteria também pode provocar irritação na pele, que fica vermelha e inchada em alguns lugares. Úlceras revestidas por uma camada cinza podem se desenvolver. No entanto, a manifestação da doença na pele é menos comum. Além disso, é possível que as complicações dessa infecção sejam leves, com apresentação de poucos sintomas.

 

Contato físico é o principal meio de transmissão

 

 

Como é causada por uma bactéria, a difteria se aloja diretamente no portador, a pessoa que a carrega no corpo. Geralmente, as formas de transmissão da Corynebacterium diphtheriae são pela respiração ou toque da pele da pessoa contaminada.

 

Por isso, é necessário evitar o contato direto com pessoas que estejam infectadas com a doença. Gotículas invisíveis de secreções do nariz ou da boca, eliminadas no próprio ato de falar, podem infectar outros. Em caso de contágio, o tratamento é feito com antibióticos, antitoxinas e remoção de alguma membrana, em casos mais sérios.

 

 

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