Com a chegada das altas temperaturas sua vida virou um verdadeiro inferno, não é mesmo? Mas há pessoas que não precisam de calor extremo para pingar de suor. Por isso, fique atento se você for um deles, pois a intolerância ao calor pode ser sinal de alguma doença.
Entre elas está o hipertireoidismo, condição em que a glândula tireoide está desregulada e inibe o funcionamento adequado da hipófise e com isso há uma hiperativação do organismo.
Quando se fala em intolerância ao calor não é apenas suar muito porque está quente, mas sim ter episódios de hipersudorese. Isso significa que a pessoa se sente superaquecida e sua temperatura corporal pode estar próxima a 40°C.
Por isso, o cérebro faz com que ela sue na tentativa de regular a temperatura do corpo. E isso pode provocar situações como ficar com os lençóis molhados à noite mesmo com o ar-condicionado ligado. Ou transpirar de calor num ambiente onde todos estão com frio. Durante estes episódios a pessoa pode notar aumento da frequência cardíaca.
Outros sintomas observados em pacientes com hipertireoidismo além da intolerância ao calor são: nervosismo, irritação, ansiedade, distúrbios do sono, taquicardia, perda de peso, tontura, náuseas, vômitos, câimbras e dor de cabeça diária. A doença é mais comum nas mulheres e em famílias onde já houve diagnóstico de distúrbios na tireoide.
Entre as causas do hipertireoidismo estão a ingestão excessiva de iodo, tumores não-cancerígenos da tireoide ou da glândula pituitária, inflamação da glândula da tireoide, câncer nos testículos ou ovários ou ainda superdosagem do hormônio tireoidiano – geralmente acontece em pessoas que usam o hormônio na tentativa de emagrecer.
Há tratamento para intolerância ao calor?
Não há tratamento específico para a intolerância ao calor se a causa for uma disfunção da tireoide. Neste caso, o tratamento é focado na melhora desta glândula que fica localizada no pescoço e cumpre funções importantes no funcionamento do metabolismo. Em geral, o hipertireoidismo não representa risco de morte ao paciente, mas deve ser tratado para evitar complicações ao longo do tempo.
Há duas formas de tratamento da disfunção, uma delas visa regular a produção do hormônio tireoidiano chamado de TSH. Para isso é usado medicamentos capazes de regular, mas não de curar o hipertireoidismo.
Outra medida é a ingestão de iodo rotativo. No entanto, essa medida destrói a glândula e o paciente precisará tomar comprimidos de TSH para o resto da vida.
Imediatamente ao início do tratamento, independente de qual for a indicação, o paciente começa a observar a melhora dos sintomas, entre eles, a intolerância ao calor deixa de ser tão grave e os episódios de sudorese noturna praticamente terminam.
A pessoa também passa a ganhar peso mais rapidamente, o que pode assustar e até ser motivo para o abandono do tratamento. Nesses casos é aconselhável o auxílio de um nutricionista e a prática de exercício regular.
Sinais de intolerância ao calo
Fique atenta aos sinais abaixo, que podem indicar intolerância ao calor relacionada à alguma doença. Diante da manifestação de qualquer um deles, procure um médico imediatamente.
– Vermelhidão em todo o corpo
– Suor excessivo, de encharcar a roupa
– Taquicardia, ou seja, aumento no ritmo dos batimentos cardíacos
– Respiração acelerada
– Confusão mental.
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