Sexualidade

Entenda o que é poliamor e como esse tipo de relação funciona

Por Redação Doutíssima 14/02/2015

O poliamor caracteriza-se por ser uma relação não monogâmica, ou seja, um relacionamento aberto, no qual ambas as partes concordam em ter relações afetivas, amorosas ou sexuais com terceiros ao mesmo tempo. Portanto, são relações fora do casamento ou namoro oficial.

poliamor

O relacionamento poliamoros precisa de honestidade com as pessoas envolvidas. Foto: iStock, Getty Images

O conceito de poliamor foi definido, pela primeira vez, em 1990 nos Estados Unidos. No Brasil, a primeira união poliafetiva, em cartório, foi realizada em 2012.

Contudo, a relação também pode ser extraconjugal, ou seja, a terceira pessoa não precisa dividir a vida com o casal.

Além disso, o relacionamento não precisa necessariamente ser a três. O homem pode ter uma namorada “extra”, assim como a mulher pode ter um outro parceiro. Entretanto, ainda são mais frequentes os casos de homens com duas mulheres.

 

Construindo uma relação de poliamor

 

Muitas pessoas ainda cultivam certos tipos de preconceito quando o assunto é o poliamor. Isso porque a relação monogâmica ainda tem raízes muito fortes. Nestes casos, descobrir-se apaixonado ou atraído por outra pessoa fora do relacionamento fixo é considerado uma traição.

Por conta disto, os relacionamentos abertos continuam sendo mal vistos pela sociedade conservadora. Apesar disso, especialistas afirmam que as relações poliamorosas são saudáveis, mais verdadeiras e fortes do que as casuais.

Em um relacionamento aberto, é preciso que o casal tenha, acima de tudo, confiança um no outro, e muita sintonia para embarcar na experiência. Além disso, os companheiros que mantêm a relação conversam consideravelmente mais do que os casais “normais”.

Honestidade e transparência também são características do poliamor, enquanto o ciúme é sinônimo de ainda mais dialogo. A bissexualidade pode ou não estar ligada a esses relacionamentos, sendo que pesquisas apontam que 55% das mulheres e 25 % dos homens adeptos são bissexuais.

O fim das relações poliamorosas, geralmente, ocorre por motivos corriqueiros: discussões rotineiras, desentendimentos, distância, perda da atração física entre os parceiros etc.

 

Poliamor no Brasil e nas redes sociais

 

Os estados brasileiros que têm os maiores índices de relacionamentos abertos são o Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 2014, ocorreu, na cidade do Rio de Janeiro, o maior encontro poliamoroso do país, com a presença de 180 casais.

No Facebook, grupos nacionais que falam sobre o poliamor já somam mais de 10 mil integrantes. É nas redes sociais que os casais poliamorosos acham novos parceiros e até estímulo para assumir sua condição amorosa.

Muitos adeptos à relação sentem vergonha, ou até medo, do julgamento da sociedade. Os grupos nas redes sociais se tornam uma espécie de “psicólogos” para essas pessoas.

Nesses espaços, elas podem compartilhar experiências, fotos e receios sobre o seu modo de vida.

Os grupos pregam a ideologia de que o relacionamento aberto não é ‘sacanagem’, ‘suruba’ ou ‘putaria’, mas sim uma forma de amor.

Dizem também que o relacionamento monogâmico é uma lei ou ideologia imposta pela sociedade moderna.

No Brasil, já há casos de casais poliamoros que vivem juntos e inclusive têm filhos, o que, de acordo com especialistas, será cada vez mais natural nos próximos 30 anos.

 

 

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