O século XXI tem marcado uma nova fase para a mulher independente. Ela nunca foi tão importante no contexto econômico como é hoje em dia.
Com mais estudo do que homem, 54,6% das mulheres com mais de 16 anos estão no mercado de trabalho, conforme mostram os dados do último Censo do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010.
O estudo ainda mostrou que elas não só têm trabalhado mais fora de casa como também têm aumentado as chefias de família. Atualmente, 38,7% dos lares brasileiros são comandados por uma mulher. Mas esta mesma mulher independente ainda precisa lidar com o vilão da violência contra ela.
Mulher independente e o mercado de trabalho
A mulher nunca trabalhou tanto como na atualidade. Jornadas de 16 horas ainda persistem, mesmo que não sejam no mesmo local. As tarefas domésticas e a responsabilidade com os filhos ainda seguem sob seu comando.
Mas o fato é que o mercado de trabalho tem aceitado muito bem esta nova mulher independente, que é mais estudada e está disposta a postergar a maternidade.
Desde os anos de 1970, segundo indica o IBGE, a mulher vem se inserindo no mercado, pouco a pouco. E, diferentemente do homem, precisou conquistar seu espaço. Hoje elas são maiorias nas áreas profissionais relacionadas às ciências humanas e administrativas.
Estão crescendo no mercado de tecnologia da informação (60% das novas contratações em 2013 foram femininas) e dominam os bancos universitários da graduação ao doutorado 54,1%).
Mesmo com mais estudo e disposta a trabalhar em áreas ditas como não femininas até pouco tempo, esta nova mulher independente ainda ganha menos do que o homem, mesmo que exerça a mesma função. A diferença salarial pode chegar a 30%, de acordo com um estudo feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Mulher independente aceita adiar a maternidade
Outro fator interessante deste novo modelo de mulher independente é com relação à maternidade. O Censo do IBGE mostra que as brasileiras estão tendo filhos cada vez mais tarde e em menos número.
Na década de 1980, 20 anos era a média para o primeiro filho, hoje é aos 27. E a brasileira não quer mais 3 ou 4 filhos como antigamente, hoje, a taxa de fecundidade é de 1,74.
Os números mostram o quanto a mulher tem se imposto diante do relacionamento. Não se submeter ao que o homem quer na hora que quer, como era antigamente, faz a mulher ter uma nova posição até quanto ao casamento. Hoje, elas casam após os 26 anos e não mais aos 20, como era em 1980.
Mulher ainda enfrenta a violência doméstica
Mesmo com toda a evolução, nem a inserção no mercado de trabalho e os anos a mais de estudo são capazes de extinguir a violência contra a mulher.
No Brasil, a cada 15 segundos, uma mulher é agredida, segundo dados da Fundação Perseu Abramo. Na maioria dos casos, mais de 90%, os agressores são os cônjuges, namorados ou familiares.
A Lei Maria da Penha tenta garantir mais segurança às mulheres e dar punição mais veemente aos agressores. Mas ainda não tem sido o suficiente. Enquanto não houver uma mudança de pensamento na sociedade, as coisas tendem a seguir pelo mesmo caminho. Ao menos é o que pensam estudiosos sociais e a própria justiça.
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