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Traição feminina: saiba os motivos

Por Redação Doutíssima 29/03/2015

Há algumas décadas, a traição feminina era explicada, na maioria das vezes, por envolvimento emocional, carência afetiva epaixão. Somente o sentimento justificava a atitude da mulher comprometida que caía nos braços de outro.

 

Hoje, o cenário parece ser outro. As mulheres traem pelos mesmos motivos que os homens, uma forma de sair da rotina, sem querer romance ou apenas carinho e atenção.

Elas querem viver novas experiências sexuais, se sentirem desejadas e também não querem relações extraconjugais fixas. Uma transa de uma noite pode ser mais do que suficiente. E muitas delas já não se sentem culpadas no dia seguinte.

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Carência afetiva já não é mais principal motivo de traição entre as mulheres. Foto: iStock, Getty Images

Para o médico sexólogo Gérson Lopes, atualmente, o “placar da traição” está quase empatado. “Talvez, 60% homens e 40% mulheres ou 55% a 45%. Em minha opinião, a traição feminina está tão frequente quanto a masculina”, afirma.

 

Lopes considera ainda que as mulheres fazem a separação sexo-prazer de sexo-amor de maneira muito mais tranquila do que os homens.

O que motiva a traição feminina

Na opinião do especialista, um relacionamento muito bom não é certificado de garantia de que  a traição feminina não vá acontecer. “Podemos enumerar outras causas: fuga da monotonia sexual, vontade de viver um romance e necessidade de experimentar um desejo sexual”, exemplifica.

Alguns episódios de traição feminina estão ligados à grande liberdade que a mulher tem hoje para estar só e aberta a momentos de intimidade novos. Carros e motéis, além de outras facilitações ambientais motivam a traição, segundo Lopes.

Do mesmo modo que as mulheres já traem com menos culpa, aumentam os casos de homens atormentados pelo próprio fantasma ao traírem suas parceiras. O sexólogo relata perceber que elas sentem mais culpa ao serem infiéis. Diz que cada vez mais atende homens com peso na consciência depois de traírem.

Fato recorrente, segundo o especialista é que, mesmo demonstrando arrependimento, eles culpam as parceiras pela traição que cometem. Elas, por sua vez, tendem a aceitar esta culpa, sustenta o sexólogo.

Reconstrução após a traição feminina

Aceitar a culpa e não sofrer demasiadamente por isso depois da traição pode ser um exercício doloroso de superação, mas necessário. E, depois disso, explica Lopes, é preciso fazer uma escolha: deixar o caso paralelo ou acabar com o relacionamento com o parceiro.

Ter outra pessoa durante um relacionamento já existente e consolidado, independentemente se é uma traição feminina ou masculina, exige maturidade diante das escolhas. “Decidir qual caminho seguir e como trilhar é parte importante durante um relacionamento extraconjugal”, diz Lopes

Por fim, quando o assunto é maturidade, o especialista aponta as mulheres como mais assertivas.

“Escolher o que perder, o amante ou o esposo, para não perder o que não escolheu (ninguém escolhe ser infeliz ou angustiado) é fundamental no caminho a ser trilhado. É possível ser amado por duas pessoas ao mesmo tempo, mas é quase impossível amar duas ao mesmo tempo”, afirma.

 

 

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