A cirurgia refrativa oferece enormes benefícios: uma visão mais clara e a liberdade ou a redução da dependência dos óculos. Porém, há muita coisa a considerar antes de realizar uma cirurgia de correção da visão. Saber se você é um candidato ao procedimento e quais os riscos são essenciais para manter o bem-estar do seu corpo.
Cirurgia refrativa para corrigir problemas de visão
Se você tem um erro de refração, como miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia, a cirurgia refrativa pode ajudar a corrigir ou melhorar a visão.
Alguns procedimentos conseguem corrigir ou ajustar a capacidade de foco do olho colocando uma lente dentro dele. Por outro lado, há métodos de cirurgia refrativa que trabalham com a remodelação da córnea. Dentre esses últimos, o LASIK, que utiliza um laser, é o mais realizado.
“Este procedimento é mais indicado para pessoas que tenham 21 anos, no mínimo, pois é a partir desse período que o desenvolvimento do grau se estabiliza”, ressalta o oftalmologista Frederico Nobre Baleeiro, especialista em cirurgia refrativa do Visão Instituto Oftalmológicos. Além disso, essa cirurgia é indicada para quem:
– Quer diminuir a dependência de óculos ou lentes de contato
– Não tem doença ocular
– Aceita riscos inerentes e possíveis efeitos colaterais do procedimento
– Entende que ainda pode precisar de óculos ou lentes após o procedimento para melhorar a visão
– Tem um erro de refração apropriado
Tipos de cirurgia refrativa
Nas técnicas PRK e LASIK, duas das mais comuns cirurgias refrativas, o tratamento do grau é realizado com o excimer laser, que remodela a córnea por ação direta, com o laser sendo aplicado na superfície exposta.
No PRK, o excimer laser é aplicado após a remoção da camada superficial de células. É colocada uma lente de contato especial, que serve como curativo para facilitar a cicatrização da superfície. Há desconforto ou dor em um momento inicial, sendo a recuperação visual gradual nas primeiras semanas.
No LASIK, o laser é aplicado após se levantar uma fina e delicada camada, técnica conhecida como “flap”. Esse “flap” é feito por meio de lâmina de microcerátomo ou com laser de femtossegundo. Após a aplicação do excimer laser, o flap é reposicionado de modo que o epitélio permanece íntegro. A recuperação é mais rápida que no PRK e o desconforto é mínimo.
A novidade é a técnica Smile, ou extração lenticular com pequena incisão. É um procedimento menos invasivo e mais simples, feito em uma única etapa e utiliza apenas um tipo de laser.
A cirurgia refrativa é feita através da aplicação do laser, que cria uma lentícula na parte interna da córnea, juntamente com uma pequena incisão de dois a quatro milímetros na superfície. Depois do tratamento, a lentícula é separada da córnea e retirada. Com isso, o formato da córnea é alterado, corrigindo-se a refração de acordo com o planejado.
Recuperação e riscos da cirurgia
O especialista Frederico Nobre Baleeiro tranquiliza aqueles que se interessam pela intervenção cirúrgica. “A refrativa tem um pós-operatório tranquilo, com recuperação visual rápida e pouca queixa de dor, se considerar a intervenção pela técnica LASIK”, diz.
Contudo, ele alerta que, para preservar os benefícios da cirurgia por vários anos, é preciso que o paciente seja orientado a optar pela técnica correta.
Entre os possíveis riscos, algumas pessoas sentem os olhos secos após a cirurgia. Em casos raros, a parede do olho fica mais fina e torna a forma do olho instável após o tratamento. A perda de visão é muito rara.
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