Com os constantes avanços da medicina, hoje em dia já é possível saber se a criança nascerá com síndrome de Down durante a gravidez. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames específicos que detectam mais cedo e com maior precisão a presença ou não desse distúrbio genético.
Atualmente, há uma série de exames que podem dar este diagnóstico aos pais, sendo que geralmente estes testes são solicitados pelo obstetra quando a mulher grávida tem mais de 35 anos de idade ou quando é portadora da síndrome de Down.
Exame de detecção da síndrome de Down
O exame mais comum e recorrente é feito entre a 11ª e a 33ª semana de gestação, por meio de um ultrassom. Nele, o médico mede a quantidade de um líquido que se encontra atrás do pescoço do bebê chamado translucência nucal.
Crianças com Down tendem a apresentar uma maior quantidade desta substância. Normalmente este exame é realizado com 12 semanas de gestação.
Além deste exame, as grávidas têm a opção de fazer um exame de sangue para checar se há níveis anormais de determinadas proteínas e hormônios em seus bebês. Então, a partir dos resultados destes testes, são calculados os riscos de a criança ser portadora da síndrome de Down.
Caso a chance seja alta, é recomendado que as gestantes passem por um de dois testes disponíveis para estes casos, sendo ambos invasivos e arriscados.
Um deles é a biópsia do vilo corial, que consiste na retirada de uma pequena quantidade de placenta, que possui material genético idêntico ao do bebê. Já o segundo, chamado de amniocentese, testa o líquido amniótico que envolve o bebê.
Gestação de bebê com síndrome de Down
Outro exame disponível para detectar a síndrome ainda na gravidez é a cordocentese, que consiste na retirada de uma amostra de sangue do bebê pelo cordão umbilical. No início de 2013, alguns laboratórios brasileiros também começaram a oferecer um exame de sangue capaz de detectar alterações cromossômicas.
A amostra é colhida no consultório e enviada aos Estados Unidos, onde passa por uma análise do material genético do feto que circula no sangue da mãe. No entanto, a avaliação tem um custo bastante elevado.
A realização destes exames confere 99% de precisão no resultado e serve para preparar os pais para o acolhimento de um bebê excepcional.
Ao contrário do que se pensa, a gravidez de um bebê com síndrome de Down é exatamente igual a de um bebê que não seja portador da síndrome, embora ele possa ser um pouco menor e com menos peso para a idade gestacional. No entanto, os cuidados durante a gestação devem ser os mesmos para qualquer criança.
Como bebês com síndrome de Down são mais suscetíveis a ter problemas cardíacos, é fundamental conversar com o médico que acompanha a gravidez e pedir uma avaliação do coração da criança para saber se será necessária alguma intervenção cirúrgica imediatamente após o nascimento.
Além disto, caso o diagnóstico seja positivo, os pais devem buscar a ajuda de um fonoaudiólogo para facilitar a fala e a alimentação da criança e um fisioterapeuta para desenvolver com mais facilidades as habilidades motoras deles.
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