A sonolência excessiva pode rotular pessoas como preguiçosas ou dorminhocas. Contudo, o que poucos sabem é que ela pode ser uma doença. Vários fatores contribuem para o surgimento do sintoma. Mas, em alguns casos, ele precisa ser levado a sério e diagnosticado por um especialista.
Sonolência excessiva como sintoma de doença
A narcolepsia é uma doença que atinge em torno de uma a cada duas mil pessoas no mundo. Um dos seus principais sintomas é a sonolência excessiva descontrolada, ou seja, aquele sono que apaga a pessoa mesmo sem ela querer.
Essa doença é rara e pouco conhecida. Por conta disso, o diagnóstico, muitas vezes, vem tardiamente, principalmente por ter sintomas atípicos. Ela é causada por uma falha nos neurônios do cérebro que controlam os procedimentos de sono e vigília do corpo humano.
O paciente portador da doença geralmente tem apagões repentinos durante o dia e dificuldades para dormir à noite. Por conta disso, o diagnóstico fica ainda mais difícil, pois as pessoas se auto diagnosticam com insônia.
Um outro problema bastante comum em narcolépticos, além da sonolência excessiva, é a cataplexia. Este distúrbio atinge mais de 50% dos portadores de narcolepsia e pode ajudar muito no seu diagnóstico.
A cataplexia caracteriza-se pela moleza muscular repentina, que pode durar mais de cinco minutos e causar a queda da pessoa. Os pacientes que têm os dois problemas atingem, em pouco tempo, a fase mais pesada do sono, que uma pessoa saudável alcança apenas depois de uma hora e meia.
É neste estágio que ocorrem os sonhos, por isso vítimas relatam terem tido “alucinações” durante os apagões. Tratar a doença é muito importante, já que os apagões podem ocorrem a qualquer momento, inclusive quando se está dirigindo, trabalhando ou em outra atividade que exige atenção.
O diagnóstico da narcolepsia é feito por meio de um exame de polissonografia, no qual a pessoa passa um dia inteiro sobre observação para avaliar seus distúrbios do sono. Em caso de confirmação da doença, o tratamento é realizado com medicamentos específicos e cochilos diurnos com tempo determinado.
Outras causas da sonolência excessiva
Além da narcolepsia, existem também outros motivos que justificam a ocorrência da sonolência excessiva. Entre eles está a apneia do sono, caracterizada pelo fechamento da passagem do ar por mais de 40 segundos enquanto a pessoa dorme.
Esse distúrbio pode fazer com que a pessoa acorde e interrompa o sono, causando sintomas como a perda de concentração e memória, fadiga e alteração de humor durante o dia. Exames laboratoriais são capazes de indicar o problema.
Pessoas com anemia também tendem a ter sonolência excessiva, isso porque há a diminuição de hemoglobina no corpo, o que exige mais trabalho do coração e prejudica a força dos músculos. Pessoas com alergia a glúten também sofrem do problema, já que a glutenina causa infecções nos intestinos.
O sedentarismo, o excesso de cafeína no organismo, o tabagismo e a desidratação são outros fatores que causam o problema, pois impedem que o corpo queime as energias necessárias.
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