Clínica Geral

Você sabe o que é mioma uterino? Conheça os sintomas e saiba como tratar

Por Redação Doutíssima 24/05/2014

O mioma uterino é tipo de tumor benigno que atinge até 60% das mulheres em fase reprodutiva. Ele pode surgir após a primeira menstruação, a chamada menarca, e se prolongar até a menopausa, ocorrendo manifestações em vários locais do útero, podendo também variar de tamanho.

Embora seja de grande incidência, na maioria das vezes, não há razão para maiores preocupações. O mioma uterino é sempre benigno, ainda que possa apresentar sintomas em alguns casos e ser assintomático em outros. Seu tratamento pode se dar com acompanhamento clínico ou por meio de intervenção cirúrgica.

mioma uterino

Apesar de grande incidência entre as mulheres, mioma uterino é sempre benigno. Foto: Shutterstock

As causas do mioma uterino não são totalmente conhecidas. O aparecimento de um ou de múltiplos nódulos é mais comum em mulheres negras, em pacientes com história familiar da doença e naquelas que apresentam ganho de peso, já que pode ocorrer disfunção hormonal em razão do maior número de células de gordura. Fatores associados ao estilo de vida não são descartados.

Sintomas do mioma uterino

Quando há sinais do mioma uterino, o primeiro deles costuma ser o aumento do fluxo menstrual. Pode ocorrer sangramento excessivo durante a menstruação ou em períodos irregulares, além de dor na pelve e no abdômen, que também aumenta tem seu volume aumentado (mulheres magras podem parecem grávidas).

Outro sintoma possível de ser registrado em casos de mioma uterino é o aumento da frequência urinária. Além disso, a compressão do mioma sobre a bexiga pode gerar certa confusão com os sintomas de infecções urinárias e, quando sobre o reto, provocar alguma alteração do trato gastrintestinal.

Quando apresenta sintomas, o mioma uterino provoca redução na qualidade de vida. Isto ocorre porque a mulher passa a sofrer com dor constante, além de sangramentos rotineiros, podendo gerar um quadro de anemia e, em casos extremos, exigir uma transfusão sanguínea.

Uma consequência mais grave da doença é a infertilidade da mulher. No entanto, a presença de um mioma uterino responde por apenas 5% dos casos de mulheres inférteis, isoladamente, e por até 20% quando associada a doenças como a endometriose e a moléstia inflamatória pélvica aguda.

Diagnóstico e tratamento

O mioma uterino pode ser do tipo submucoso (no interior do útero), intramural (se desenvolve no meio da parede uterina), subseroso (surge na parte externa do útero) ou pediculados (ligado ao útero pelo tecido pedículo).

Para o seu diagnóstico, é preciso consultar um ginecologista, que avaliará as possíveis queixas e realizará exame físico, verificando um possível aumento de tamanho no útero. A suspeita poderá ser confirmada por exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética. Também pode ser indicada uma histeroscopia (sonda).

O tratamento leva em consideração o estilo de vida e fatores pessoais da paciente, como sua idade, sintomas, desejo de ter filhos, de preservar o útero e aceitação à ideia de cirurgia. Os sintomas podem ser controlados com o uso de medicamentos, como anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios ou antifibrinolíticos, diminuindo o sangramento e as cólicas.

No entanto, a indicação cirúrgica para o mioma uterino pode ser a mais eficaz. O procedimento pode ser feito por via histeroscópica, laparoscópica ou abrindo a cavidade abdominal. A cirurgia para a retirada do útero traz benefício definitivo, mas não é recomendada a mulheres que ainda querem engravidar.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!

 

Saiba mais:

Como diminuir as cólicas menstruais

Como lidar com as cólicas do bebê

13 dicas para lidar com as cólicas do seu bebê

Saiba passo a passo como tomar o anticoncepcional e evite surpresas no seu ciclo menstrual

Entenda como calcular seu ciclo menstrual

Conheça os 4 hormônios do ciclo menstrual

Menstruação atrasada: o que pode ser?