O hormônio prolactina é o hormônio do leite humano que, quando em alta dosagem, pode trazer riscos e consequências à saúde da mulher. Entre os problemas que o hormônio prolactina pode acarretar, está o bloqueio da menstruação (amenorreia), causando infertilidade. A chamada hiperprolactinemia é responsável por cerca de 20% dos casos de amenorreia.
Produção do hormônio prolactina
Produzido pela glândula hipófise, que está localizada no interior da caixa craniana, numa depressão óssea chamada sela túrcica, o hormônio prolactina, também conhecido como hormônio do leite, é importante para o desenvolvimento das mamas e para o aleitamento. Fora do período de gravidez, a importância do hormônio prolactina se relaciona ao controle dos outros hormônios femininos, envolvido na regulação da menstruação e da ovulação.
Sintomas do excesso do hormônio prolactina
O sintoma físico mais visível desse problema é a saída involuntária de leite das mamas. E é comum a ginecologista pedir um exame de prolactina no sangue quando há alguma alteração na menstruação. Mas é bom deixar claro que a hiperprolactinemia pode ocorrer mesmo que não haja alteração do ciclo menstrual.
Quando a concentração de prolactina no sangue interfere no funcionamento dos ovários em uma mulher que se encontra na fase pré-menopausa, a secreção de estradiol – o principal tipo de estrógeno – diminui. Os sintomas incluem períodos menstruais irregulares ou ausentes, infertilidade, sintomas da menopausa (ondas de calor e secura vaginal) e, após vários anos, a osteoporose.
Quando a quantidade do hormônio prolactina é excessiva
O valor normal de prolactina é de até 20 ng/mL (nanogramas por mililitro) no sangue. Quando passa disso, é considerado hiperprolactinemia. Quando as taxas são superiores a 100 ng/mL, trata-se de um tumor benigno secretor de prolactina, o chamado adenoma.
Dependendo da dosagem hormonal, o uso de medicamentos para o tratamento pode ser necessário. Nos casos em que há sugestão de existência de tumor, uma investigação por ressonância magnética é aconselhada. Se o tumor for detectado, o tratamento será feito por meio de medicamentos, pois o tratamento cirúrgico só será indicado em casos de falha no tratamento clínico.
Tratamento depende da causa
Cada caso terá um tratamento diferente pois, tão importante quanto diagnosticar o problema é descobrir por que ele existe. O excesso do hormônio prolactina pode estar relacionado ao uso de alguns remédios, como a risperidona (antipsicótico), ou mesmo de medicamentos de uso mais comum, como a cimetidina (antiácido), a metoclopramida (antienjoo) e a metildopa (anti-hipertensivo).
Na verdade, estes são medicamentos que podem ter como efeito colateral o aumento da prolactina e, se a causa estiver ligada ao uso de alguma delas, muito provavelmente o médico recomendará a interrupção do consumo. Além do uso de medicamentos para tratar prolactinomas, com o uso de substâncias que combatem os efeitos dos medicamentos problemáticos, como a bromocriptina e a cabergolina.
Outras causas são possíveis, como o excesso de estímulo às mamas, na relação sexual, por exemplo. Muitas vezes, o aumento de prolactina no sangue se deve ao estresse. Ou seja, descoberta a causa, a grande arma é a mudança de hábitos.
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