Saiba o que causa a doença e veja como a fisioterapia pode contribuir no tratamento da epicondilite lateral
A epicondilite lateral é uma das lesões mais comuns entre os praticantes do tênis, caracterizada pela sobrecarga de tendões, principalmente em jogadores recreativos. Não há diferença entre gêneros, ou seja, homens e mulheres parecem ser acometidos na mesma proporção.
A incidência dessa lesão vai de 35% a 51% dos atletas e, apesar de não estar cientificamente comprovado, acredita-se que ela ocorre em menor número de praticantes que realizam o backhand com as duas mãos. Isso pode ocorrer pos permitir que a mão não dominante absorva mais impacto, diminuindo o risco de falhas mecânicas do punho.
Acredita-se que o uso de antivibradores diminuía a incidência de epicondilite lateral no tenista, no entanto, estudos não comprovam essa hipótese. O que vem sendo associado a ela é a experiência do tenista, já que a prevalência é maior em praticantes menos experientes e que não possuem uma boa técnica.
Sinais de que você pode estar com epicondilite lateral:
• Dor que se irradia em seu antebraço e punho;
• Dificuldade em fazer as tarefas comuns, como girar uma maçaneta ou segurar uma xícara de café;
• Aumento da dor quando você usa o pulso ou a mão para levantar objetos, abrir um frasco ou segurar algo com força, como uma faca e garfo;
• Rigidez no cotovelo;
• Fraqueza no braço.
Como a fisioterapia pode te ajudar?
Para as primeiras 24 a 48 horas após o início agudo de sua dor, o tratamento inclui:
• Repouso do membro, evitando determinadas atividades e modificando a maneira de fazer os outros;
• Gelo: 3 vezes por dia com duração de 10-20 minutos.
Seu fisioterapeuta irá decidir se você deve usar uma cinta ou suporte para proteger os seus músculos enquanto a área está se recuperando. Ele poderá elaborar um programa de tratamento específico para acelerar a sua recuperação.
Muito provavelmente, este programa terá exercícios que você deverá dar continuidade em casa. Seu fisioterapeuta também pode usar tratamentos especiais de fisioterapia para ajudar a aliviar a dor, como a terapia manual, gelo, tratamentos térmicos ou ambos, além de estimulação elétrica.
Em casos aonde a Epicondilite está numa fase agunda, ou seja, no começo, é importante começar o tratamento o mais cedo possível. Se não for tratada logo, a epicondilite pode-se tornar crônica e durar meses e às vezes até anos.
Alguns objetivos da fisioterapia:
• Melhorar a mobilidade articular: através da terapia manual, deixando assim a articulação mais livre e gerando menos dor.
• Melhora da força muscular: um músculo fraco pode levar a uma epicondilite lateral. Então, o fisioterapeuta irá prescrever um treino de força, começando com exercícios passivos e depois conforme a evolução da dor, o terapeuta passará exercícios ativos, e por ultimo com resistência.
• Reeducação de atividades diárias: o terapeuta será capaz de ensinar a forma correta de como você deverá segurar uma sacola de supermercado, como abrir uma lata de palmito, entre outras atividades.
• Retorno das atividades diárias: seu terapeuta irá ajudá-lo a permanecer ativo, ensinando-lhe como modificar suas atividades diárias para evitar a dor e novas lesões. Às vezes é necessário fazer mudanças no trabalho, no campo de jogo, ou em casa. Seu terapeuta irá enfatizar a importância de fazer pausas para alongamento, para que seus músculos possam descansar.
Lembrando que o tênis é um dos principais fatores que contribui para a epicondilite lateral, causados muitas vezs por excesso de treinamento. Em outros casos, o peso da raquete ou a forma com a qual você segura devem ser ajustadas. Para outros o problema pode decorrer de forma inadequada, falta de condicionamento físico geral. Um fisioterapeuta poderá ajudar a analisar a origem do problema e ajudar a encontrar uma solução.
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