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Entenda quais são os riscos da hipertensão arterial no idoso e saiba quais são os tratamentos mais comuns

Por Redação Doutíssima 21/04/2014

A hipertensão arterial no idoso deve ser acompanhada de perto. Também chamada de pressão alta, a hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para pessoas de idade mais avançada.

Anualmente, morrem no Brasil cerca de 300 mil pessoas em decorrência de doenças cardiovasculares, comumente associadas à hipertensão arterial, especialmente no paciente idoso.

Trata-se de uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. Essa síndrome metabólica geralmente é acompanhada por outras alterações, como obesidade. O problema pode ocorrer quando as artérias sofrem resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar ou, então, quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular.

hipertensão arterial no idoso

Incidência de casos de hipertensão acompanha o ritmo do envelhecimento. Foto: Shutterstock

Dados da literatura médica estimam que cerca de 50% dos homens e mulheres acima dos 50 anos apresentam quadros de pressão alta. O mais grave para os indivíduos na terceira idade é que este percentual acompanha o envelhecimento. Ou seja, aos 60 anos, cerca de 60% das pessoas têm hipertensão. Aos 80, o índice sobe para 80%.

Assim, embora frequente, a hipertensão arterial no idoso é um caso sério. Variados estudos têm relacionado a patologia à ocorrência de AVC (acidente vascular cerebral), sendo observada uma incidência duas vezes maior em idosos hipertensos.

Outras pesquisas já amplamente divulgadas revelaram que pacientes idosos e hipertensos, com hipertrofia ventricular esquerda, têm maior índice de morte em consequência de AVC. Também este grupo se mostrou mais suscetível ao comprometimento da memória do que indivíduos com pressão arterial em níveis normais, além de ter maior chance de desenvolver demência vascular.

Origem da hipertensão arterial no idoso

Em 90% dos casos, a hipertensão é hereditária. Em poucos delas, a patologia é causada por uma doença relacionada, como um distúrbio na tireoide ou nas glândulas endocrinológicas. Também influenciam hábitos como fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol, falta de atividade física, diabetes e sono inadequado.

Além dos fatores citados acima, a incidência de hipertensão aumenta com a idade porque as artérias começam a ficar envelhecidas, calcificadas e perdendo a capacidade de se dilatar. Dessa forma, a hipertensão arterial no idoso pode levar a uma atrofia do músculo do coração, causando arritmia cardíaca. Em média, uma pessoa com pressão alta que não controla o problema terá uma doença mais grave em 15 anos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de hipertensão arterial no idoso é realizado através da medição da pressão e também pode ser acompanhado por meio de aparelhos, que fazem aproximadamente 100 medições durante 24 horas.

Quando o coração se contrai e bombeia o sangue para o resto do corpo, esta força cria a pressão arterial sistólica, cujo valor normal é 120 mmHg (milímetros de mercúrio). Uma pressão arterial sistólica de 140 mmHg ou mais já é considerada hipertensão. Já a pressão arterial diastólica deve ser inferior a 80 mmHg. Se for igual ou superior a 90 mmHg é considerada hipertensão.

A doença não possui cura, mas pode ser controlada. Além de medicamentos, é imprescindível que o paciente adote um estilo de vida saudável. No caso do paciente idoso, é fator agravante e desafiador buscar que, após os 60 anos de idade, ele pare de fumar, reduza o consumo de bebidas alcoólicas e de sal, além de praticar atividade física regular – algo que pode nunca ter feito ao longo da vida.

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