Zen

Mahamudra promete bem-estar físico e mental. Conheça!

Por Redação Doutíssima 14/11/2014

Um corpo bem definido não é sinal de saúde, sobretudo se os aspectos emocionais e da mente não são levados em conta. Para os seguidores do Mahamudra, prática do budismo tibetano que tem se difundido pelo mundo e chega agora no Brasil, uma pessoa saudável precisa estar com o físico e o espiritual em perfeito equilíbrio.

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Prática budista ajuda a encontrar equilíbrio e a relaxar. Foto: iStock, Getty Images

E é esta estabilidade harmônica que os praticantes garantem absorver ao dedicarem-se à técnica. O Mahamudra (grande gesto em sânscrito, dialeto indiano) ou Dzogchen, como é conhecido, é descrito como meio que propicia o “despertar”, com esta transformação interior a partir de movimentos que contemplem a parte material do ser.

Como funciona a prática do Mahamudra

A consciência e a percepção de controle do próprio corpo são estimuladas pela técnica, originária da Índia e do Tibete, através de exercícios que lembram treinamentos funcionais de alta intensidade como o crossfit, além de incluir variações da yoga, algumas artes marciais e até certos treinos militares – e meditação, claro.

Em outras palavras: o Mahamudra não só tonifica músculos e melhora o condicionamento físico de seus adeptos mas, por exigir alta concentração, trabalha também o aspecto psicológico, reduzindo a ansiedade, o estresse e a depressão, além da socialização própria de um trabalho em grupo.

Os exercícios iniciais do treino costumam ser os de respiração e relaxamento, com algumas sequências da yoga. Na segunda parte da aula, a estrutura muscular é acionada com atividades em que o peso do próprio corpo é utilizado para fortalecê-lo.

Depois, foca-se no conhecimento corporal, empregando movimentos como chutes de muay thai. A etapa seguinte aumenta em grau de dificuldade: é a vez do thruster, técnica de levantamento de barra a partir de agachamentos e movimentações similares própria do crossfit.

Mahamudra exige força e dedicação

Nesta ocasião, o uso da kettlebell (bola de ferro com alças) também pode compor o treino, que é complementado com movimentos de swing, excelentes para ampliar força.

Por fim, para fechar o grupo de exercícios, acalma-se o metabolismo com alguns minutos de mentalização. A pausa para reflexão é também essencial para um sono profundo após o esforço do treino.

O Mahamudra é uma experiência corporal, mas também um experimento místico. Para os adeptos do estilo, o corpo é o instrumento de contato com o mundo material, e a mente um meio de conexão com os mistérios do universo cósmico.

Após o período de adaptação à prática, tempo que varia de acordo com cada indivíduo, crê-se ser possível sentir os primeiros sinais do nível de hiperconsciência tão almejado pelos que se dedicam à prática. A ideia do Mahamudra, enfim, é transcender os limites do corpo e da mente com serenidade e, por que não, certa persistência.

No Brasil já há cerca de 550 pessoas participando dos treinos, que por enquanto acontecem com datas e horários pré-agendados através de redes sociais na internet em São Paulo, São Bernardo do Campo (SP) e Salvador, na Bahia.