O cipó azougue é uma planta do tipo trepadeira, que tem sua origem no Brasil e todas as suas partes podem ser usadas para fins medicinais. Possui raiz amarela, sua casca é bastante rugosa, de cor cinza-esverdeada.
Também conhecida como cota, catingueira, azougue, mercúrio vegetal, chá de boubas, cipó santo e remédio-de-gálico, possui folhas curtas, alternadas e agudas, com margens dentadas e espinhosas. Tem flores pequenas.
Cipó azougue: na prevenção e no tratamento
Dentre todos os benefícios da planta, o mais popular é o seu uso pela propriedade de prevenir a contração de sífilis. Mas não é só na prevenção de várias doenças que ela atua, mas também no tratamento de patologias. A boa notícia, neste caso, é que o consumo do chá de cipó azougue não possui nenhuma contraindicação.
O pó de cipó azougue é encontrado em lojas de produtos naturais e pode ser utilizado não só para fazer o chá, como em compressas. Tem propriedades anti-inflamatórias, antiofídicas, antissifilíticas, antitóxicas, depurativas do sangue, energéticas e laxantes. E entre seus princípios ativos estão alcaloides, taninos, flavonoides e saponinas.
O uso do cipó azougue é recomendado em casos de boubas, dartros secos, doenças venéreas, dores nos ossos, eczemas úmidos, erupções, escabiose, escrófulas, feridas, furúnculos, herpes e outras patologias da pele. Tem uma poderosa propriedade cicatrizante na pele.
Por seu efeito antiofídico, pode também ser usado contra picadas de cobra. Também é eficiente em pruridos, reumatismo sifilítico, sífilis, úlceras da pele e urticárias.
Cipó de azougue em banhos
O uso pode ser feito tanto por infusão, quanto em banhos. Para uso externo, em furúnculos, feridas, manchas, dores, reumatismo, dores nos ossos e eczemas, molhe um pano com chá de cipó azougue e aplique em compressas quentes. Estas compressas também ajudam a aliviar dores nos ossos e reumatismo.
O chá é preparado com duas colheres (sopa) da planta para cada litro de água. Deve ser feito por infusão (depois que levantar fervura, desliga-se o fogo e deixa-se tapado, por dez minutos) e consumido em seguida, uma xícara, de duas a três vezes por dia.
Os banhos podem ser feitos a partir de uma infusão ou decocção mais concentrada da erva, que deve ser coada e misturada na água do banho. Também pode ser feito a partir da colocação das ervas em um saco de pano firme, que pode ser deixado na água do banho. Parciais ou de corpo inteiro, os banhos podem ocorrer de uma a duas vezes ao dia.
Infusão e decocção: qual a diferença?
A diferença entre infusão e decocção é que na infusão as ervas não cozinham. Sobre elas, que são antes cortadas e espremidas, é derramada água fervente. Em seguida, o líquido é tapado e fica descansando por 10 a 15 minutos. Neste caso, normalmente se usam as folhas e flores da planta.
Já na decocção, as ervas vão ao fogo junto com a água e fervem por 10 a 20 minutos. Nestes casos, são usadas raízes, caules, madeira, cascas ou sementes, que são partes mais duras da planta. Uma boa dica é deixar as plantas na água já um dia antes da decocção, para melhor aproveitamento dos seus princípios ativos.
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