O picão é uma erva nativa das áreas tropicais da América do Sul, África, Caribe, e Filipinas. Vegeta nos terrenos baldios ou expostos assim como nos campos, de preferência, silicosos.
É muito encontrada no Brasil, e tão grande quanto o País também é a lista de nomes pelos quais também é conhecida esta erva, entre eles: macela-do-campo, erva-picão, picão-do-campo, picão-preto, piolho-de-padre, carrapicho, seco de amor, aceitilla, cadillo, chilca, pacunga, cuambu, erva picão, alfiler e clavelito de monte.
Comestível, é usada como legume no Congo Belga e no Transwaal, pelos índios. Também é considerada “erva-má”, porque devasta as plantações, embora seja apreciada como alimento pelos animais.
Picão é altamente indicado pela fitoterapia
O uso fitoterápico do picão é indicado pelas propriedades da sua ação vulnerária, antidesentérica, hepática, amarga, raucilginosa, estimulante, desobstruente, antis-corbútica, odontálgica (principalmente a raiz), sialagoga, antileucorreica e vermífuga.
A planta inteira oferece duas resinas, uma ácida e outra aromática, e tanino. Contém matéria azotada, matéria graxa, matéria não-azotada, matéria fibrosa, matéria mineral, cálcio, ácido silícico, ácido fosfórico, óxido de potássio e areia.
Esta planta é bastante indicado por especialistas da medicina natural. Na forma de chá, é muito eficiente no combate da icterícia e hepatites no geral. Também é conhecido por funcionar pelo uso interno ou para banhos.
Dentre as doenças mais graves combatidas pela planta estão: distúrbios menstruais, contra bactérias, antiviral, antifermentativo, combate à diabetes de vários tipos, tem função diurética, é antioxidante, hipoglicemiante, atua na secagem as secreções, hepatoprotetor.
A planta também é sugerida para tratar leucemias e tem poderes anti-inflamatório, antiespasmódico. Pode ser rápido na inibição de uma atividade tumoral, é vermífugo, anti-ulceroso, trabalha no controle da acidez estomacal e estimula a digestão.
Modo de usar o picão
1. Infusão
Derrame sobre uma colher (sopa) da erva , meio litro de água fervente. Cubra de mantenha em infusão por 10 minutos. Tome 2 a 3 xícaras ao dia em casos de hepatite, icterícia, diabete, verminose.
Para casos de gargarejo em casos de amigdalite e faringite, derrame sobre uma xícara das de cafezinho da planta picada, meio litro de água fervente. Mantenha em infusão, tapado, por 10 minutos. Tome 1 xícara das de chá a cada 4 horas.
2. Compressas
Use o suco da planta (feito com as folhas) ou a infusão para embeber uma gaze e aplique sobre feridas, úlceras, hemorroidas, assaduras e picadas de insetos.
3. Decocção
Para abluções, compressas tópicas ou gargarejos, use 10 colheres (chá) da planta em um litro de água. Deixe ferver por dez minutos.
4. Banho
Utilizar a decocção acima, por até duas vezes ao dia, se precisar de um efeito vulnerário e antisséptico.
Cuidados com o uso do picão
Estudos constataram que a erva possui grande quantidade de cafeína em sua composição. Por isso, deve ser evitado seu consumo por pessoas que tenham alergia à esta substância.
Também é importante lembrar que a planta é hipotensora. Então, pacientes cardíacos podem ter reações bruscas quando ingerirem algum tipo de medicamente feito à base desta planta. Ela é contraindicada em casos de gravidez.
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