A Síndrome Mielodisplásica é uma doença da medula óssea caracterizada por uma anomalia na produção de células sanguíneas e por uma insuficiência de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos ou plaquetas.
Podemos distinguir duas formas principais da Síndrome Mielodisplásica:
- A síndrome mielodisplásica de alto risco, marcada pela anemia, que pode evoluir a uma leucemia de forma progressiva ou repentina.
- A síndrome mielodisplásica menos agressiva, em que a anemia predomina, mas é frequentemente isolada. A transformação em leucemia é retardada ou ausente.
Quais são os sintomas da Síndrome Mielodisplásica?
A descoberta da existência da síndrome mielodisplásica é acidental na metade dos casos. A doença pode ser descoberta em um exame de sangue. Os sinais da doença podem ser:
- Palidez, cansaço excessivo e dificuldades respiratórias, caracterizados pela Anemia.
- Posteriormente, podem aparecer: hemorragias e outros problemas relacionados à coagulação. que caracterizam uma trombocitopenia (diminuição das plaquetas sanguíneas).
- Infecções, caracterizadas por uma diminuição dos glóbulos brancos.
Causas e fatores de risco:
Alguns casos de síndrome mielodisplásica (SMD) estão ligadas a fatores de risco conhecidos, mas ter um fator de risco não significa que você vai definitivamente ter a doença. Os fatores de risco mais conhecidos são:
O tratamento para o câncer: pacientes que foram tratados com quimioterapia são mais propensos a desenvolver SMD ou SMD secundária.
Síndromes genéticas: pessoas com determinadas síndromes hereditárias tem mais chances de desenvolver SMD.
Tabagismo: fumar aumenta o risco de SMD.
Exposições ambientais: Alta exposição à radiação ou determinados produtos químicos, utilizados nas indústrias de petróleo e borracha por exemplo, podem causar mutações que levam a SMD.
Idade: O risco de SMD aumenta com a idade. A maioria dos casos são encontrados em pessoas com mais de 60 anos.
Sexo: é mais comum em homens.
Porém, a causa ainda é desconhecida. Ao longo dos últimos anos, os cientistas têm feito grandes progressos na compreensão de como certas alterações no DNA das células da medula óssea podem causar SMD.
Tratamento:
O transplante de células tronco hematopoéticas é considerado a melhor opção para pacientes com SMD.
Quando o transplante não é uma opção, o objetivo é aliviar os sintomas e evitar complicações e efeitos colaterais do tratamento. O tratamento dos sintomas tem como objetivo corrigir a deficiência dos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
Se o paciente apresenta uma baixa na contagem sanguínea e isso lhe causa problemas, tratamentos como transfusões de sangue, fatores de crescimento de células sanguíneas e, possivelmente, os andrógenos podem ser eficazes.
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