À medida que o ser humano envelhece, as paredes das artérias podem sofrer um processo de endurecimento e reação inflamatória crônica, também conhecido como aterosclerose. Nele, forma-se uma placa composta de substâncias como colesterol, cálcio e tecido fibroso. Quanto mais placa se acumula nas artérias, mais endurecidos ficam os vasos e mais prejudicado se torna o fluxo sanguíneo, podendo ter como consequências a dor ou outros danos nos órgãos. Nesses casos, uma opção de procedimento terapêutico pouco invasivo é a angioplastia com stent.
Antes de iniciar o procedimento da angioplastia com stent, o cirurgião realiza uma entrevista detalhada com o paciente, questionando-o sobre aspectos da saúde geral (fumo, pressão arterial, etc.), histórico familiar e também sobre a frequência e intensidade dos sintomas.
Enquanto isso, o médico realiza também um exame clínico e, depois, encaminha o paciente aos demais exames necessários para identificar o grau de comprometimento das suas artérias. Após, o especialista poderá optar pela modalidade de tratamento mais adequada ao caso.
O stent
O stent coronário é um tubo minúsculo, expansível e em forma de malha, feito de um metal como o aço inoxidável ou uma liga de cobalto. Ele serve para fornecer suporte estrutural permanente, de forma a impedir que a artéria coronariana se feche novamente.
Durante o procedimento da angioplastia com stent, um cateter com um stent fechado envolvendo um balão desinflado é guiado até a artéria comprometida. Quando ele estiver posicionado no local a ser tratado, o cirurgião infla o balão e, assim, expande o stent. Na sequência, o balão é desinflado e removido juntamente com o cateter.
Esse tipo de stent é o “expansível por balão”, mas há também “auto-expansível”, o qual se expande automaticamente ao chegar ao local da lesão. Quem irá definir o tipo de material mais adequado será o cirurgião vascular e endovascular.
A angioplastia com stent exige apenas anestesia local, com punção na virilha ou no braço e leva, em média, de 45 minutos a três horas. Depois do procedimento, os cateteres são removidos. No entanto, os pacientes que utilizaram medicamentos anticoagulantes normalmente permanecem, por um breve período de tempo, com um pequeno cateter no local da punção, até que os medicamentos percam o efeito, para que o ferimento cicatrize normalmente.
Após a realização da angioplastia com stent, o paciente permanece hospitalizado de seis a 24 horas para monitoramento de possíveis complicações. O local da punção fica imobilizado por várias horas para evitar sangramentos. Se o paciente apresentar sintomas como dores, febre, falta de ar, coloração azulada ou sensação de frio em um braço ou perna, ou mesmo reações na área da punção, o médico responsável deve ser imediatamente informado.
Complicações da angioplastia por stent
São raras as complicações graves nos procedimentos de angioplastia por stent. Entretanto podem ocorrer, por exemplo, reações ao agente de contraste, formação de coágulo na artéria tratada, rompimento de um vaso sanguíneo, formação de hematoma, problemas renais e dissecção (dano à parede arterial).
Também pode haver complicações menos graves, como enfraquecimento da parede da artéria e sangramento ou ferimento no local da punção. Além disso, há casos de novas obstruções em outros pontos da artéria, formadas geralmente pelas partículas de placa que se desprenderam e viajaram pelo sistema sanguíneo.
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