Esporte

Em ano de Copa, ortopedista explica por que acontecem as lesões no futebol

Por Dr. Felipe Benvenuti 04/06/2014

lesões do futebol

Em ano de Copa do Mundo, um assunto que fica em evidência são as lesões no futebol. Preferência nacional, o contato com a bola começa cedo para os brasileiros, de pai para filho e nas escolas. Vivemos num país onde esse esporte é cultura, tema importante dentro de casa, nos botecos e até nos negócios.

No mundo esportivo, atletas profissionais sabem bem o que significam as contusões, como acontecem e de que maneira preveni-las. Mesmo assim, entre 10 a 30% de esportistas se machucam durante um campeonato e precisam se tratar nos departamentos médicos dos clubes.

Considere que esses atletas sabem a teoria e a prática do esporte da maneira adequada, com preparadores físicos, fisioterapeutas, academia e repouso adequado à disposição para minimizar as lesões no futebol. Agora, imagine essa situação no meio amador, em que não existe o mesmo preparo e estrutura: com certeza, as chance de machucar-se aumentam ainda mais.

 

 As principais lesões no futebol

 

A maior causa de afastamento dos gramados são as distensões musculares, que afetam cerca de um terço do total de jogadores; em segundo, vêm as contusões (pancadas), com 25 a 30%, seguido das entorses articulares, com 17%. As tendinites e luxações (deslocamento articular), com 10% de incidência, ficam em último, de acordo com dados retirados de recentes revisões literárias.

As distensões musculares ocorrem normalmente quando o corpo está mal aquecido e o atleta realiza um grande esforço, principalmente de ”arrancada”, causando um estiramento das fibras musculares. O tempo de tratamento demora de 4 a 12 semanas, dependendo do grau da lesão. Portanto, um aquecimento adequado, de 10 a 15 minutos antes da prática esportiva, é essencial para garantir o bom funcionamente do corpo.

Alongamento muscular não é comprovadamente um método de prevenção de lesões no futebol, especialmente de distensões, mas deve ser realizado para um melhor desempenho dos movimentos corporais.

As entorses ocorrem em 72,4% das vezes no tornozelo, tratado com imobilização, bolsas de gelo e repouso seguido de tratamento fisioterápico. A recuperação pode demorar de 2 a 12 semanas. No joelho, essa lesão da articulação tem 24,1% de incidência e é cuidada tanto com a imobilização da área quanto por método cirúrgico, dependendo da gravidade. Reforço articular deve ser considerado para a prevenção desses casos.

Ortopedista, trato com frequência de todas essas lesões no consultório, desde atletas amadores aos profissionais. No que diz respeito ao tratamento sem cirurgia, cuidamos do paciente com imobilizações, medicamentos e recuperação através da fisioterapia. Quando um procedimento cirúrgico é necessário, a medicina dispõe de técnicas modernas, como a videoartroscopia (cirurgia que utiliza microcâmeras), ou podemos optar pela cirurgia “aberta”, se for a melhor indicação. O mais importante é não deixar passar a hora certa do tratamento, para evitar sequelas. Deve-se procurar um médico assim que essas lesões no futebol ocorrerem, a fim de garantir o quanto antes a volta aos gramados.

 

 

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