Amor e Sexo

Amor cego: você sabe de onde vem essa expressão?

Por Redação Doutíssima 20/02/2015

Você sabe direitinho, ao olhar nos olhos de uma pessoa, quando ela está apaixonada. Especialmente se você conhece ela um pouco melhor. As características do “amor cego” saltam aos seus olhos: o estado de graça, o estar meio aéreo, pensamentos ao longe, cara de bobo e a desatenção.

Este estado de bobeira todo mundo já conhece. O que pouca gente sabe é que já existem estudo científicos sobre o assunto. Se até agora você acreditava que o amor era um sentimento racionalmente controlável, saiba que segundo a neurociência, este sentimento é do que uma invasão de dopamina ativando os centros de recompensa do cérebro e produzindo prazer.

É quando você não enxerga mais nada além do seu objeto de desejo, e a ciência explica. Foto: iStock, Getty Images

É quando você não enxerga mais nada além do seu amor, e a ciência explica. Foto: iStock, Getty Images

Amor cego é reação química

Isso permite que atualmente, seja possível afirmar e provar cientificamente que amor cego existe porque o cérebro ativa e desativa determinadas áreas no lobo frontal. Estas regiões são associadas ao raciocínio e estando desativadas, sob o domínio da “paixão”, faz com que o ser humano perca o controlo das situações, tornando-o vulnerável.

Pesquisas revelam que a paixão – ou amor cego -, dura cerca de 12 a 48 meses, tempo para fortalecer a união, acontecer o ato sexual, a gestação e a criação do bebê (até que tenha certa independência, por volta dos 2 anos).

Segundo especialistas, isso só é possível porque, quando a pessoa está apaixonada, o sistema límbico (central das emoções) produz uma série de substâncias que tornam a pessoa amada “perfeita”. Esta é a explicação científica para o amor cego.

É nesta fase que todos os defeitos de quem está conosco são “aceitos”. Tudo chega a ser bonito, charmoso e passível de compreensão. Neste período a cegueira proporcionada pelos sentimentos da paixão nos levam a agir totalmente segundo as emoções e nenhum pouco analisando as coisas sob o prisma da razão.

O que justifica o amor cego

É este estado de espírito também que explica todas as escolhas erradas da vida. No momento em que o casal começa a enxergar o outro exatamente como ele é, é que vai se definir se a relação segue ou não.

Se os dois forem capazes de ajustar as novas lentes da relação, é possível que daí saia um relacionamento forte e enraizado, e aí o amor cego vai ter valido a pena como o laço necessário para unir o casal, que vai seguir apostando nos demais elementos de uma relação, e nestes casos, muito além do sexo, a parceria continua. 

Um ponto importante para a manutenção do estado de graça proporcionado pela paixão é, segundo especialistas, o novo. Atividades novas como jantares românticos eventuais, viagens, novas performances sexuais podem ser importantes, uma vez que a cada novidade, o cérebro ativa as substâncias que dão prazer.

 

 

Depois destas informações, o conselho é avaliar pela razão antes de se jogar de cabeça em uma nova paixão. Isso se der tempo. Mas, se na corrida pela paixão, seu cérebro for mais rápido e cegar seu raciocínio, prepare-se para viver intensamente a beleza da paixão, fase que pode demorar de dias a meses para passar.

 

 

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