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Diagnóstico: cardiomiopatia hipertrófica. Entenda o que é, sintomas, causas e tratamento

Por Redação Doutíssima 05/05/2014

Cardiomiopatia hipertrófica, também chamada de miocardiopatia hipertrófica, é uma doença hereditária que afeta o miocárdio. Ela caracteriza-se pela hipertrofia desse músculo do coração, sem que haja uma causa aparente. Essa condição está associada a muitas mortes súbitas de jovens atletas.

Segunda forma mais comum de miocardiopatia, a cardiomiopatia hipertrófica constitui-se de uma hipertrofia idiopática, ou seja, não decorrente de outra causa cardíaca. Com essa condição, há o aumento assimétrico do ventrículo esquerdo ou direito do coração, com acometimento septal.

Doença é mais comum em pacientes jovens, com idades entre 20 e 40 anos. Foto: Shutterstock

Doença é mais comum em pacientes jovens, com idades entre 20 e 40 anos. Foto: Shutterstock

Sintomas da cardiomiopatia hipertrófica

Em muitos pacientes com a doença, a hipertrofia pode não se desenvolver completamente antes da adolescência. Mesmo assim, é mais comum em pacientes jovens, com idades entre 20 e 40 anos. Ela pode ser sintomática ou assintomática.

Entre os possíveis sintomas, estão tontura, palpitações, dor no peito, hipertensão, vertigem, desmaio, insuficiência cardíaca, entre outros. Esses sinais são parecidos com os dos quadros de estenose aórtica, com dispneia, angina, síncope, palpitações e morte súbita (estas duas por arritmias).

Alguns pacientes, entretanto, não têm sintomas relacionados à doença até que haja a morte súbita decorrente de arritmia, normalmente durante a realização de exercícios físicos intensos. Trata-se de uma das principais causas de morte de atletas jovens. Um dos motivos para isso é que alterações normais nos batimentos de atletas podem confundir o diagnóstico clínico.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da cardiomiopatia hipertrófica, o médico realiza um exame físico, verifica pulsação em braços e pescoço e ausculta o coração e os pulmões com um estetoscópio. Nessa análise, ele verifica se os sons cardíacos estão anormais ou se há sopro.

Depois são feitos ainda testes que podem incluir ECG, radiografia torácica, monitoramento cardíaco, cateterização cardíaca, ecocardiografia, ressonância magnética do coração, ecocardiograma transesofágico. Esses exames podem ser úteis para a determinação outras possíveis doenças cardíacas – não apenas a miocardiopatia hipertrófica.

Causas

A cardiomiopatia hipertrófica é uma condição hereditária. Um em cada 500 indivíduos no mundo apresenta algum tipo de cardiomiopatia, e a hipertrófica é a segunda mais comum. Associa-se a doença a defeitos dos genes que controlam o crescimento do músculo cardíaco. Essa hipertrofia dificulta a saída de sangue do coração e o faz trabalhar mais para bombear o sangue.

Tratamento da cardiomiopatia hipertrófica

O tratamento da cardiomiopatia hipertrófica não é simples e varia conforme o caso. Pode-se utilizar medicamentos inotrópicos negativos (betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio), antiarrítmicos (como a amiodarona), a disospiramida (um antiarrítmico que também age como inotrópico negativo) e marca-passo.

Em muitos casos, o tratamento não dá o resultado esperado e então é necessário recorrer à cirurgia. O procedimento pode ser uma miectomia septal, na qual se retira uma porção do septo para impedir a obstrução da via de saída ou a esclerose das artérias septais via CAT, o que gera o infarto e necrose da zona hipertrofiada drenada por aquelas artérias.

Pode-se recorrer também, como forma de se evitar a morte súbita, a um desfibrilador automático implantado sob a pele. Quando percebe a ocorrência de arritmia, o dispositivo dispara uma carga elétrica automaticamente. Assim, reorganiza os estímulos elétricos e reverte o quadro.

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