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Tratamento para taquicardia: conheça a adenosina, suas contraindicações e efeitos colaterais

Por Redação Doutíssima 08/05/2014

A adenosina é um antiarrítmico cardíaco que pode ser encontrado em forma de solução injetável, com a designação comercial Adenocard, indicado para o tratamento da taquicardia supraventricular paroxística.

Na medicina, a adenosina é utilizada por via endovenosa para reversão de taquiarritmias com QRS estreito ou como agente farmacológico para causar estresse em determinados exames complementares.

A adenosina é utilizada por via endovenosa para o tratamento da taquicardia. Foto: Shutterstock

A adenosina é utilizada por via endovenosa para o tratamento da taquicardia. Foto: Shutterstock

Contraindicações da adenosina

O tratamento por adenosina é contraindicado em casos de bloqueio atrio-ventricular de segundo ou de terceiro graus, com exceção de pacientes com marca-passo, flutter atrial, fibrilação arterial, síndrome sinusal, taquicardia ventricular, doença pulmonar broncoconstritiva ou broncoespástica e durante a gravidez.

Durante o período de amamentação, o uso do medicamento não traz riscos, já que ele acaba sendo eliminado rapidamente.

Efeitos colaterais da adenosina

Embora seja um eficiente método para o tratamento da taquicardia, a adenosina pode causar alguns efeitos colaterais. Entre eles, podem ser citados a dor de cabeça, as náuseas, a pressão no peito, a respiração curta, a arritmia cardíaca, a vermelhidão na face e a sensação de queda iminente.

Durante o uso do medicamento, há a possiblidade de ocorrência de episódios de assistolia transitórios ou prolongados e fibrilação ventricular. Em pacientes com taquicardias de origem desconhecida, o seu uso pode levar à manifestação de arritmias graves. Já em pacientes com angina instável, a adenosina pode causar o risco aumentado de eventos.

Os efeitos colaterais não param por aí. O uso da adenosina deve ser evitado por indivíduos que apresentam disfunção autonômica, doença cardíaca estenótica valvular, pericardite ou efusão pericárdica, estenose da carótida com insuficiência cerebrovascular, hipovolemia, pacientes com broncoconstrição ou broncoespasmo. Em todos estes casos, o medicamento pode acabar exacerbando os sintomas das doenças descritas. 

É importante, ainda, ter muita atenção ao administrar outros fármacos conjuntamente com a adenosina. O uso de dipiridamol, por exemplo, pode ter a sua ação potencializada. Além dele, a cafeína e a teofilina podem antagonizar a adenosina. Já a carbamazepina pode aumentar o seu potencial de bloqueio cardíaco.

Durante o uso de adenosina, também é indicado que o paciente monitore sua pressão sanguínea, frequência cardíaca, e se possível, faça um eletrocardiograma para checar a eficácia do produto.

Como usar a adenosina

Após o medicamento ser aberto, ele deve ser usado imediatamente, descartando as possíveis sobras. A solução deve estar clara no momento do uso. O tempo de injeção deve ser de um a dois segundos (injeção rápida), em local mais próximo possível do tronco do paciente. A adenosina não deve ser administrada nas veias das mãos ou dos pés.

A dose correta para adultos é de 6 miligramas. Se a taquicardia supraventricular paroxística não for eliminada em um a dois minutos, está previsto a administração de mais 12 miligramas do produto. Pode-se, ainda, repetir a dose de 12 miligramas, se necessário, mas com receita e orientação médica.

Em crianças, a dose de adenosina deve ser de 0,05 a 0,1 miligrama por quilo de peso. Se necessário, a dose pode ser aumentada, a cada dois minutos, em 0,05 miligrama por quilo de peso até uma dose máxima de 0,3 miligrama por quilo de peso.

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