Exercícios

Distrofias musculares: entenda o que são e quais os tratamentos mais utilizados

Por Mayara Pinheiro 06/05/2014

Doenças que atacam músculos esqueléticos, as distrofias musculares são mais de 40 tipos diferentes e podem se desenvolver em diversos períodos da vida. Saiba mais! 

distrofias musculares

Distrofias musculares são um grupo de doenças de causa genética caracterizadas por uma degeneração progressiva dos músculos-esqueléticos. Atualmente, são conhecidos mais de 40 tipos de distrofias musculares, que se diferenciam entre si: na idade em que se manifestam os primeiros sintomas (desde o nascimento, na infância, na adolescência ou na idade adulta); na gravidade destes sintomas, na velocidade de progressão da doença, nos músculos que são preferencialmente afetados e no mecanismo de herança genética.

Das doenças genéticas, as distrofias musculares estão entre as mais frequentes. De cada 3000 pessoas nascidas 1 tem distrofia muscular. Existem diferentes tipos de distrofia muscular. Classificam-se as distrofias de acordo com a forma pela qual são herdadas e pela parte do corpo que acometem. Algumas começam na infância e outras na idade adulta. Existe uma grande diferença na gravidade dentre as distrofias.

Existe idade para desenvolver a distrofia muscular?

 

distrofias muscularesNão. Existem distrofias musculares que ocorrem em crianças e outras que ocorrem em adultos. Algumas formas ocorrem em ambos os sexos, porém a mais comum de todas ocorre em crianças do sexo masculino e é chamada de distrofia muscular de Duchenne.

As distrofias musculares mais freqüentes são a distrofia muscular de Duchenne e a distrofia muscular de Becker.

A distrofia muscular de Duchenne: ocorre em meninos. Os primeiros sinais de fraqueza muscular aparecem logo após o inicio do andar até os 3 anos de idade. A fraqueza inicialmente é das pernas (dos músculos que movimentam a coxa), fazen- do com que estes meninos caiam com freqüência, não consigam correr tão bem quanto os amigos de mesma idade, te- nham dificuldade para subir escadas, e se levantem do chão com dificuldade. Costumam também andar nas pontas dos pés;

A distrofia muscular de Becker também ocorre em meninos, é parecida com a de Duchenne, só que começa mais tarde, em geral entre 5 e 25 anos de idade.

Na área da Medicina Física e de Reabilitação a meta é preservar a capacidade do paciente de andar de forma independente, e prolongar e melhorar a qualidade de vida. Consideram-se três etapas distintas da incapacidade física provocada pela miopatia:

Primeira fase: de incapacidade física mínima ou moderada;

Segunda fase: na qual a incapacidade física se manifesta pelas dificuldades do paciente nas atividades de vida diária (AVD) tais como: levantar-se da cadeira, subir e descer degraus e andar de forma independente;

Terceira fase: na qual a incapacidade física está configurada pela impossibilidade de andar sem o auxílio da cadeira de rodas e complicações clínicas diversas.

Fisioterapia no tratamento da Distrofia Muscular

 

Todo o tratamento irá depender do nível e do tipo apresentado da distrofia muscular, conforme os passos apresentados abaixo:

1. Faça exercícios com peso que fortaleçam e tonifiquem os músculos. Músculos mais fortes podem ajudar a retardar a fraqueza iminente associada à distrofia muscular;

2. Envolver-se em uma série de exercícios de movimento e alongamento. A flexibilidade pode ajudar a aliviar a gravidade das atrofias das juntas, um enrijecimento dos músculos em torno de uma junta que afeta a maioria das pessoas que sofrem de distrofia muscular;

3. Usar aparelhos ortopédicos para as suas mãos ou pernas. Eles ajudam a manter os tendões e músculos alongados, evitando contrações dolorosas. Muitos fisioterapeutas usam esses aparelhos para tratar distrofia muscular;

4. Usar a terapia aquática. Muitos especialistas concordam que os exercícios na água e a natação ajudam a tonificar e a fortalecer os músculos e as articulações, sem colocar pressão sobre as partes do corpo que já estão enfraquecidas ou enfraquecendo;

5. Coloque ênfase na mobilidade. O objetivo da fisioterapia para o tratamento de distrofia muscular é o de proporcionar ao doente independência pelo maior tempo possível, concentrando-se no movimento. Desenvolva grandes grupos musculares para tornar o corpo mais forte e dar mais resistência.

 

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