Na vida fértil da mulher, ela passa todos os meses por uma variação em diversos hormônios, que são responsáveis pela preparação do organismo para uma possível gestação. Há uma sequência que só se altera em razão de possíveis disfunções hormonais.
Quando não há fecundação do óvulo, ela menstrua e esse ciclo recomeça. Os ovários, a hipófise, as glândulas suprarrenais e a tireoide contribuem para manter a regularidade deste ciclo.
Já quando a mulher apresenta disfunções hormonais, pode haver variações na periodicidade, duração e intensidade da menstruação e também alterações de ordem psicológica – entre elas, as mudanças de humor, de disposição e a interferência no desejo sexual.
Estima-se hoje que uma em cada 15 mulheres desenvolve algum tipo de disfunções hormonais. E o pior: a maioria delas nem sabe que essas doenças existem. A desinformação, nestes casos, atrasa a busca por uma solução para o problema.
As causas das disfunções hormonais nem sempre são facilmente identificadas. Elas podem ser provocadas por questões primárias do organismo, por doenças e até mesmo em razão do uso de determinados medicamentos. Quando as causas não são encontradas, o médico procura tratar os sintomas a fim de alcançar uma maior regularidade na produção dos hormônios.
Conheça as disfunções hormonais
Entre as disfunções hormonais, a mais comum nas mulheres é a síndrome dos ovários policísticos, uma doença genética e hereditária que leva à produção de cistos nos ovários. Estes cistos causam o aumento de peso, a acne e o excesso de pelos pelo corpo, além de aumentar o estresse na mulher e os seus níveis de infertilidade.
O problema é caracterizado pelo aumento da produção de hormônios androgênios (masculinos), que deveriam ser liberados em pequena quantidade. A síndrome dos ovários policísticos pode ser totalmente neutralizada com o uso de anticoncepcionais específicos. No entanto, é essencial que ela seja acompanhada de perto por um médico, que deve estar constantemente reavaliando o caso.
Por sua vez, outra das disfunções hormonais, os desequilíbrios na hipófise geram alterações na liberação da prolactina, hormônio que estimula o crescimento das glândulas mamárias e a produção de leite materno. Já as disfunções da tireoide (hipotireoidismo e hipertireoidismo) podem levar à falta de ânimo, à sonolência e à queda da libido, entre muitos outros sintomas.
Enfrentando as disfunções hormonais
O que é importante compreender é que cada mulher é única e, dessa forma, as disfunções hormonais se manifestam de maneiras diferentes em cada organismo. Portanto, o tratamento e os medicamentos a serem administrados devem ser definidos de forma individual, seguindo as orientações médicas à risca.
Além disso, manter a autoestima em alta, praticar exercícios físicos e cuidar da alimentação também são fatores que ajudam para manter o ciclo hormonal em ordem.
O sobrepeso, por exemplo, é comprovadamente uma das causas da irregularidade menstrual. Portanto, perder alguns quilos pode ser essencial para diminuir alguns sintomas. Diante disso, a mudança de hábitos buscando uma vida mais saudável repercute positivamente não só no dia a dia, mas também no desejo sexual. Siga esta dica e enfrente melhor as disfunções hormonais que surgirem em sua vida.
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