Muitas pessoas não sabem, mas úlceras no estômago e duodeno podem gerar sérios riscos à saúde, podendo até mesmo levar à morte devido a sangramentos excessivos ou perfurações nos órgãos.
Os ácidos estomacais, especialmente o clorídrico, são muito fortes. Em um estômago normal e saudável, sua ação restringe-se somente aos alimentos, mas, em determinadas situações, eles podem atacar o revestimento do trato digestivo e provocar o aparecimento de uma úlcera, que destrói a parede estomacal e do duodeno.
Sintomas de úlceras no estômago e duodeno
Um dos principais sintomas de úlceras no estômago e duodeno é a dor abdominal, geralmente na parte superior central, abaixo do osso esterno. É uma dor inconstante, que costuma melhorar com a administração de antiácidos, mas que pode piorar após a refeição.
Quando for uma dor de forte intensidade, o incômodo pode inclusive despertar a pessoa do sono. Os sintomas do problema também incluem: mal-estar, sensação de desconforto digestivo, impressão de ficar muito cheio após as refeições, gases, náuseas e salivação excessiva.
Esses sinais podem ficar ocultos por um longo tempo e aparecer repentinamente, em uma forte crise. Fortes dores abdominais, vômito com sangue e fezes negras e fétidas são os sinais de alerta. Quem os apresentar deve procurar um serviço de emergência o quanto antes.
A procura por um gastroenterologista é altamente recomendável também se a pessoa tiver mais de 40 anos de idade, souber de antecedentes de casos de infecção pela bactéria Helicobacter Pyori, úlcera ou câncer de estômago na família ou estiver usando remédios que afetem o sistema digestivo e a coagulação.
As úlceras no estômago e duodeno ocorrem por causa do desequilíbrio na ação do ácido gástrico, que auxilia na digestão dos alimentos e combate as bactérias. O uso indiscriminado de anti-inflamatórios não-esteroidais (como o diclofenaco, a aspirina e o ibuprofeno) sem prescrição médica e a infecção pela Helicobacter Pylori são as causas mais comuns para o problema – sendo que essa última corresponde a cerca de 85% dos casos. O estresse, o álcool e o cigarro também são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento das úlceras.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de úlceras no estômago e duodeno é realizado por meio de uma endoscopia digestiva. Trata-se de um exame em que o médico visualiza o esôfago, o estômago e o duodeno através de um aparelho de fibra ótica. O teste permite inclusive a realização de uma biópsia, para quando houver dúvidas no diagnóstico.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico utiliza medicamentos que neutralizam a agressão da mucosa pelo ácido. Já o tratamento cirúrgico é indicado somente para as pessoas que não estão respondendo às medicações ou que apresentaram quadros mais complicados, combinados à hemorragia grave, perfuração ou estenose e obstrução (impossibilidade do bolo alimentar progredir para o intestino delgado).
Prevenção
A prevenção das úlceras no estômago e duodeno pode ser feita pelo controle cuidadoso da dieta, evitando principalmente os itens apimentados, gordurosos e ácidos. É indispensável ainda alimentar-se em horários regulares e em quantidades moderadas, não usar anti-inflamatórios sem prescrição médica, evitar cigarro e bebidas alcoólicas, controlar o estresse e realizar consultas médicas periódicas.
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