Clínica Geral

Sintomas da anemia: entenda os sinais que o corpo dá e veja como combater essa deficiência

Por Renata Rodrigues de Oliveira 18/04/2014

sintomas da anemia

Aparentemente incertos, os sintomas da anemia podem enganar o doente quanto ao diagnóstico ou mesmo passarem despercebidos, porque se confundem com as pequenas deficiências do dia a dia que o nosso corpo apresenta. O ideal é procurar um médico, caso esses sinais apareçam – e se intensifiquem com a prática de exercícios físicos – para garantir um parecer exato e a identificação das causas.

Antes de falarmos dos seus indícios, vamos à definição: a anemia é uma condição em que a insuficiência  em tamanho e número de eritrócitos – ou na quantidade da hemoglobina que eles contêm – limita a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre as células sanguíneas e teciduais. A maioria das anemias é causada por falta de nutrientes necessários à síntese normal dos eritrócitos, principalmente ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Outras resultam de uma variedade de condições, como: hemorragias, anormalidades genéticas, estados patológicos crônicos, problemas na medula óssea ou infecção por drogas. As que resultam da ingestão inadequada de ferro, certas vitaminas, cobre e outros nutrientes são geralmente chamadas de anemias nutricionais.

Tipos e sintomas da anemia

Queda na pressão arterial, palidez, cansaço excessivo, tonturas, fraqueza, dor muscular, sonolência, falta de ar, respiração curta, palpitação e taquicardia estão entre os principais sintomas da anemia. Na grande maioria dos casos, alguns simples exames de sangue podem detectar a causa, portanto, manter seu check-up médico e nutricional atualizado é extremamente importante.

Se você acha que só existe anemia por deficiência de ferro, está muito enganado. Existem vários tipos, então vale a pena conhecer os mais comuns:

Anemia por deficiência de ferro: caracterizada pela ingestão inadequada de ferro através da dieta. As fontes de ferro são: carnes vermelhas, ostras, peixes, vísceras, aspargo, aveia, grãos, nozes, legumes verde-escuros, gema de ovo, castanhas, melado, brócolis. Vários fatores influenciam a biodisponibilidade de ferro na dieta. A taxa de absorção depende do estado de ferro individual, conforme refletido pelo nível das reservas de ferro. Quanto menores as reservas de ferro, maior será a absorção, pois seu organismo ficou privado desse nutriente. Dessa forma, é recomendado incluir agentes intensificadores de absorção na dieta, como a vitamina C, por exemplo. Ela se liga ao ferro, formando um complexo de fácil absorção. Então, inclua uma fonte de vitamina C a cada refeição. Os alimentos mais ricos nessa vitamina são: abacaxi, acerola, goiaba, caju, kiwi, laranja, limão, mamão, morango, tangerina, agrião, beterraba, couve, couve-flor, espinafre, pimentão amarelo, mostarda, repolho, rúcula, salsa e salsão, brócolis.

Anemia megaloblástica: causada por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. As fontes de vitamina B12 são: carnes, fígado, rim, ovos, pescado, leite e queijos. As fontes de ácido fólico são: carnes, aves, peixes, ovos, vísceras, leguminosas, leite e derivados, damasco, laranja, banana, batata doce, brócolis, espinafre, cevada, pão de trigo.

Anemia por deficiência de cobre: neste caso, como a pessoa não possui quantidade suficiente de cobre no organismo, o ferro não pode ser liberado, induzindo a baixos níveis de ferro e hemoglobina séricos, mesmo com a presença de reservas normais de ferro. As quantidades de cobre necessárias para a síntese normal de hemoglobina são tão pequenas que, em geral, são supridas por uma dieta adequada. As fontes de cobre são: açúcar mascavo, alcachofra, amendoim cru e torrado, arroz, aveia, brócolis, cacau em pó, caranguejo, carne bovina, castanha do pará, cevada, chocolate, cogumelos, ervilha, lentilha, gema de ovo, pão de centeio, rabanete.

Anemia sideroblástica (responsiva à vitamina B6): são necessárias de 25 a 100 vezes as recomendações nutricionais dessa vitamina, e o tratamento pode durar por toda a vida. As fontes de vitamina B6 (piridoxina) são: carne de porco, leite, ovos, batata inglesa, aveia, banana, gérmen de trigo.

Anemia responsiva à vitamina E: ocorre hemólise (morte) precoce das hemácias. As fontes de vitamina E são: gérmen de trigo, óleo de gérmen de trigo, óleos de soja, arroz, milho, algodão, girassol, gema de ovo, vegetais folhosos e legumes.

Existem dois tipos de ferro nos alimentos: o ferro heme (possui alta disponibilidade, presente em maior quantidade nas carnes) e o ferro não heme (de baixa disponibilidade, presente em maior quantidade nos vegetais). Por isso, é bom ficar atento e ingerir sempre algum alimento que contenha esse nutriente. Os alimentos ricos nesses elementos são:

Ferro heme (alta biodisponibilidade): carnes (vermelhas, aves, peixes e frutos do mar); vísceras (fígado, coração, rim, moela, pulmão, língua, dobradinha, bucho, tripa) e embutidos (salsichas, presuntos, mortadela, salames, blanquet).

Ferro não-heme (baixa biodisponibilidade): leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha, ervilha, tremoço, soja, amendoim); legumes (inhame, cará); folhosos (espinafre, couve, agrião, bertalha, brócolis, cheiro verde e rúcula); gema de ovo; sementes (nozes, castanha); cana-de-açúcar, açúcar mascavo, melado, rapadura e alimentos fortificados e enriquecidos (flocos de milho, achocolatados, biscoitos enriquecidos).

Não espere os sintomas da anemia se estabelecerem – aliás, de nenhuma doença! Mantenha sempre uma alimentação saudável e consulte um nutricionista para que você possa ajustar seu cardápio às suas reais necessidades.

 

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