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Você conhece a síndrome das pernas inquietas? Saiba como tratar

Por Redação Doutíssima 04/06/2014

A síndrome das pernas inquietas é também conhecida pelo nome de síndrome de Ekbom. Trata-se de um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que pode acometer também os braços nos casos mais graves.

Os sintomas da síndrome das pernas inquietas costumam ser mais intensos à noite e o paciente dorme mal ou quase não dorme. O resultado é que ele passa o dia sonolento, cansado, indisposto e irritado.

Síndrome das pernas inquietas pode se manifestar nos momentos de repouso. Foto: Shutterstock

Síndrome das pernas inquietas pode se manifestar nos momentos de repouso. Foto: Shutterstock

A qualidade de vida fica comprometida tendo em vista o fato da síndrome das pernas inquietas manifestar-se de forma predominante nos momentos de repouso, sendo que a pessoa não consegue ir ao cinema ou ao teatro, ver televisão, participar de uma reunião social ou de negócios, ou fazer viagens mais longas.

A síndrome das pernas inquietas pode manifestar-se em qualquer faixa de idade. Mais rara na infância, ela atinge principalmente a população adulta e sua incidência aumenta com o envelhecimento.

Sintomas da síndrome das pernas inquietas

Dentre os sintomas da síndrome das pernas inquietas estão asensação de desconforto e a necessidade de mover as pernas, dor, formigamento, arrepios, e pontadas. A intensidade dos sinais emitidos pelo distúrbio pode variar de leve a grave e diminuir com o movimento, manifestando-se em geral à noite – por isso, impede que as pessoas tenham um sono reparador.

As causas da síndrome das pernas inquietas não são totalmente conhecidos, mas partem do princípio da predisposição genética. A deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à ocorrência de movimentos involuntários e repetitivos característicos da síndrome.

Diagnóstico e tratamento da síndrome

O diagnóstico da síndrome das pernas inquietas é predominantemente clínico, fundamentado na descrição dos sintomas. É indispensável avaliar os reflexos, a sensibilidade ao toque e a intensidade da dor.

A polissonografia e a dosagem dos teores de ferritina e tranferrina, substâncias que transportam o ferro no sangue periférico, são exames laboratoriais que ajudam a confirmar o diagnóstico.

Já o tratamento da síndrome das pernas inquietas irá variar conforme o estágio em que a doença se encontra. Em casos considerados leves, pode-se fazer uso de benzodiazepínicos.

Já nos mais graves da síndrome das pernas inquietas, costuma-se recorrer a medicamentos, como o pramipexole e o ropinele, que estimulam os receptores de dopamina no cérebro sem aumentar seu nível no sangue periférico.

Recomendações

1. Criança inquieta na hora de dormir, que chora, resmunga e mexe muito as pernas, pode não estar fazendo manha. Leve-a ao pediatra para afastar o diagnóstico da síndrome das pernas inquietas;

2. Da mesma forma, com os idosos, não atribua a agitação e as queixas à perda das faculdades mentais. Sedá-los pode piorar muito o quadro se o problema for a síndrome das pernas inquietas;

3. O agravamento dos sintomas pode tornar insuportável a vida do portador da síndrome das pernas inquietas e da pessoa com quem divide a cama ou o quarto. Procure o tratamento adequado e não se automedique, procure assistência médica especializada;

4. Evite o consumo de cafeína, álcool e cigarro do seu dia a dia;

5. Toma cuidado com os medicamentos antidepressivos e neurolépticos. Eles podem desencadear uma síndrome semelhante à das pernas inquietas.

 

 

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